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É mesmo urgente mão firme no Funchal: outro assalto e outro esfaqueamento

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • 21 de jul. de 2022
  • 2 min de leitura

A Região está representada no Conselho Superior de Administração Interna e ali pode exercer, se for caso disso, a tal pressão que Calado promete para depois do verão.




Começa a atingir contornos de registo diário e já nem é preciso chegar às noites do fim de semana para haver desacatos no Funchal. Esta madrugada, segundo relatou a RTP Madeira, um homem de 30 anos foi agredido com um pau, na Avenida do Mar, numa tentativa de assalto. Outro homem, com 28 anos, foi esfaqueado nas costas na sequência de uma rixa entre grupos também na Avenida do Mar. O assunto já passou a fase de ser um caso de polícia para ser, também, um caso do mobilização de governos, o Regional porque isto ocorre na Região, o nacional porque tem a tutela das polícias. Numa semana, foram cinco agressões.

E isto é o que está nos registos, nas estatísticas como as autoridades gostam tanto de contrapor quando os cidadãos dizem que está pior e as polícias dizem que os assaltos violentos, talvez sejam os que deixam em coma, baixaram e por isso a situação melhorou.

O presidente da Câmara do Funchal veio ontem reconhecer a existência de uma nova realidade na cidade e prometeu fazer pressão na República para dotar as polícias de mais meios para poderem atuar neste quadro de álcool e droga.

Mas a verdade é que, se calhar, o problema, deveras grave, poderá merecer uma posição firme da Madeira num contexto em que a representatividade da Região é maior, uma vez que não tendo a tutela das polícias nem estas estando na dependência do Representante, como já aconteceu, os contactos da Região situam-se na esfera do diretor nacional, do secretário de Estado, do ministro e no limite o primeiro-ministro.

Por este facto, o Conselho Superior de Administração Interna, que reúne anualmente sob a presidência do primeiro-ministro, mostra-se como um órgão com poder e representatividade para uma avaliação de fundo sobre a segurança policial na Madeira, até porque no Conselho têm assento as polícias, o ministro da Administração Interna, o Representante da República e os presidentes dos Governos Regionais da Madeira e dos Açores. Será, por certo, o âmbito ideal de concertação de posições com real poder de intervenção, sabendo-se que apesar de reunir anualmente, poderá fazê-lo mais vezes se for esse o entendimento relativamente à situação em causa.

Não invalida que Pedro Calado possa desenvolver os seus contactos para intervir o mais rápido possível. E quando o presidente da Câmara diz que vai pressionar a República depois do verão, poderá ter na ideia um melhor enquadramento do período pós férias, mas também pode aguardar o Dia da PSP Madeira, em setembro, para sensibilizar o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, ou o secretário de Estado para a questão da segurança da cidade e a reivindicação de mais meios para uma intervenção mais eficaz da polícia.

 
 
 

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