"É tempo de lhes dar chumbo e tomar uma posição de força..."
- Henrique Correia
- 11 de out. de 2024
- 2 min de leitura
"Não vale a pena continuar a ser PSD. Sejamos outra coisa, sejamos um partido regional..."

"Não! Esta é a resposta que a Madeira tem de dar à proposta de Orçamento de Estado para 2025". Foi assim que o ex- ldeputado social democrata Carlos Rodrigues reagiu ao corte de 33 milhões de euros do Orçamento de Estado para a Madeira.
Na sua página do Facebook, Carlos Rodrigues
diz que "não houve qualquer consideração pela Madeira na construção desta proposta. Não! Não paga as dívidas acumuladas pelo Estado à Região. Não! Não corrige os erros dos orçamentos anteriores. Não! Não melhora o relacionamento entre jurisdições. Não! Não é justo, não é coerente, não é solidário, não é diferente. Não! Não vale a pena continuar a ser PSD. Sejamos outra coisa, sejamos um partido regional, sejamos um partido nacional de índole regional, sejamos um movimento regional, tudo menos uma parte de um partido que de nós não quer saber. Não! Não podemos votar a favor ou sequer nos abster. O sinal tem de ser dado já, na generalidade.
Não! Não contamos para nada a não ser quando precisam dos nossos votos. Não! Não servimos para nada a não ser para dar dimensão ao país. Não! Não somos úteis a não ser para sacar mais fundos europeus. Não! Não aceitamos ser mendigos ou pedintes.
Não! Não aceitamos ser dependentes da boa vontade provinciana do retângulo. Não! Não seremos o incómodo tolerado. Não! Não aceitemos este desrespeito, esta desconsideração, esta sobranceria de pacóvios aldeões, esta soberba de quem nos menospreza. Não! Não é tempo de contemporizar, de negociar ou de ceder. É tempo de soltar amarras, por muito que doa, por muito que sofremos. Sim! É tempo de dizer basta. É tempo de rejeitar a discriminação. É tempo de impedir estas tentativas de nos votar à miséria, de nos calar, de nos impor leis e regras colonialistas, esclavagistas, à boa maneira dos impérios do século XIX.
Não! Não somos colónias.
Não! Não somos províncias.
Não! Não somos distritos adjacentes.
Não! Não somos protetorados.
Não! Não somos coutadas.
Não! Não somos jardins zoológicos.
Não! Não somos resorts onde os senhores da aldeia vêm passar férias.
Não! Não somos tribos exóticas.
Não! Não nos tratem assim.
Não querem resolver, não querem normalizar, não querem concertar o que está mal há 600 anos, larguem-nos da mão e deixem-nos ir à nossa vida.
Não há um líder nacional, um primeiro-ministro, um presidente da república, ninguém que tenha querido resolver a questão da Autonomia. Todos encolhidos, politicamente corretos, medrosos, comprometidos e negligentes.
Pois, então, é tempo de lhes dar chumbo e tomar uma posição de força.
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