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A "doença" do crescimento também chegou ao JPP...

Foto do escritor: Henrique CorreiaHenrique Correia


A mensagem para o eleitorado e para o potencial votante futuro não é de consistência, nem de confiança, nem de responsabilidade.




Ninguém diria. E a surpresa pode ter, nos que têm depositado confiança e esperança no JPP, um paralelo, claro está no sentido figurado, no que aconteceu a Júlio Cesar quando estava a ser assassinado e viu o seu filho adotivo entre os assassinos: "Até tu, Brutus?" Neste caso, o desabafo dos militantes e simpatizantes: "Até tu, JPP?

Este pedido de demissão do líder do Juntos Pelo Povo, uma autêntica "bomba política" a menos de dois meses das eleições regionais, vem colocar num patamar igual o que parecia diferente e vinha ganhando "fórmula" de crescimento nos últimos tempos, que extravasava já o espaço dominador do concelho de Santa Cruz e que prenunciava um bom resultado do ato eleitoral regional de 24 de setembro ao ponto de fazer do JPP uma eventual responsabilidade por uma falta de maioria absoluta da coligação PSD/CDS. E com elementos concretos resultantes da forma como o JPP vinha exercendo oposição ao Governo, de escrutínio, um papel que o principal partido da oposição, o PS, vem revelando alguma dificuldade no exercício político.

Falta obviamente muita clarificação relativamente a esta posição tão drástica de Filipe Sousa, seguida de outro protagonista no partido, Miguel Alves, ambos com acusações à Comissão Política, que colocou Filipe Sousa em quinto lugar na lista do partido às Regionais, o que foi considerado um desprestígio por parte desse mesmo líder, o que não deixa de ter razão atendendo ao histórico papel de Filipe Sousa na dimensão do partido.

São "dores" de crescimento, como se diz popularmente? Diria que é uma "doença" de crescimento num contexto de uma Região dominada há muitos anos por um partido e onde os pequenos avanços de conquista de lugares, por parte da oposição, são avaliados como conquistas de poder hipervalorizado e podem provocar cisões que alterem o foco e acabem por empurrar projetos válidos para o fundo do poço.

O que está a acontecer ao JPP não é caso único. Já aconteceu, nem sei quantas vezes, com o PS Madeira. E foi o que se viu, quando "levanta cabeça", leva como Júlio César. O JPP, com esta decisão, acaba de comprometer o seu projeto, estender uma "passadeira", mais uma, ao PSD, e a mensagem para o eleitorado e para o potencial votante futuro não é de consistência, nem confiança, nem de responsabilidade.

Nas próximas horas ou nos próximos dias, saberemos as verdadeiras razões desta hecatombe política no JPP. Mas a saída de um dos seus mentores terá, necessariamente, consequências, para o futuro. Para mais, num projeto a crescer, com quadros em construção e, ao que parece, a pretender dar "o passo maior do que a perna". É assim que (também) se "tropeça".

E depois admiram-se quando se diz que, assim, é mais 40 anos de garantia ao PSD.

 
 

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