A segurança do Funchal é um desafio de todos para todos e torna-se obrigatório promover uma "Frente Comum" para salvar a cidade, para "limpar" a cidade e devolver o Funchal à Madeira enquanto destino seguro.
Ao tempo que já se fala como sendo preocupante a falta de segurança no Funchal. Ao tempo que o anterior presidente da Câmara, Pedro Calado, até por experiência própria circulando pela cidade a horas menos movimentadas, reconheceu um problema de insegurança na cidade até ter que fechar alguns becos para evitar a concentração de toxicodependentes. Ao tempo que o próprio Calado defendeu intervenção da República no reforço de meios políciais, especialmente da PSP, que tem a função do policiamento urbano. Ao tempo que se falava no apoio da GNR e na Polícia Municipal, que por razões político partidárias andou num vai, não vai, quando proposto pela Confiança e só agora com "pés para andar" na gestão social democrata de Cristina Pedra. Ao tempo que se fala nas câmaras de vigilância, foi atribuído agora a um consórcio. Ao tempo que foi, o tempo que se perdeu. Por inércia, por conveniência partidária e os cidadãos nas mãos deste "jogo" a ver a cidade cada vez mais insegura.
Nos últimos dias, as notícias dos matutinos e os relatos de cidadãos apontam para agressões, algumas nos sítios do costume, assaltos de madrugada, por grupos organizados, com o mesmo sistema de operar. Não é só o assalto, é a agressão, aproveitam vítimas isoladas, que estão a sair dos trabalhos ou de estabelecimentos de diversão noturna, e são surpreendidos por vários elementos, ao estilo do que antes só acontecia lá fora e agora ganhou força na Região pela impunidade que existe e sobretudo pela falta de prevenção. Ao tempo que isto era mais do que previsível, agravando-se com a pandemia e ganhando "raízes" com o grande "boom" do turismo, um mercado apetecível para esta gente que agora vê no Funchal um bom "negócio do crime". E estamos na fase dos assaltos, até que um dia, se permanecermos parados, vai acontecer algo mais grave e não haverá solução.
Podem vir branquear o que quiserem, fazer propaganda de eficácia, mas o que não se consegue resolver é a insegura que se sente no Funchal com maior incidência a partir do final da tarde de cada dia, pior quando não há eventos, muito pior com o avançar da madtugada e um policiamento fraco, muito fraco, para enfrentar o que é difícil, muito difícil.
Face a esta realidade, é preciso que alguém assuma as suas responsabilidades. Seja com o apoio do Estado, seja como for, desde que o foco esteja na defesa da cidade e da segurança dos cidadãos e, também agora, dos milhares de visitantes que se não se sentirem seguros certamente não voltam.
O problema da insegurança do Funchal é um problema Regional, deve ser assumido como tal e enfrentado como tal. Sem partidocracias, sem retirar dividendos de popularidades política, sem colocar governo de um lado e oposição do outro. Deve ser intervencionismo com um sentido de responsabilidade global muito além das diferenças partidárias.
A segurança do Funchal é um desafio de todos para todos e torna-se obrigatório promover uma "Frente Comum" para salvar a cidade, para "limpar" a cidade e devolver o Funchal à Madeira enquanto destino seguro.
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