Líder regional diz que esta história de afastar os candidatos das ilhas de lugares elegíveis na lista às europeias "foi um bom tiro no pé".
“Quem não se sente não é filho de boa gente e acho que esta ideia de afastar os candidatos das Ilhas do Parlamento Europeu, em lugar elegível, quando o Partido é maioritário nas duas Regiões Autónomas, foi um bom tiro no pé”. Foi assim que Miguel Albuquerque reagiu, algum tempo depois da "ocorrência", à lista do PSD às europeias de 9 de junho, onde a candidata do PSD Madeira, Rubina Leal, vai em nono lugar, uma posição que dificilmente garante eleição.
O líder regional já tinha manifestado descontentamento na altura, mas com esta veemência só agora. À margem de uma visita a mais uma empresa apoiada pelo IEM, admitiu a sua desilusão com a Direção Nacional do Partido, a quem acusou de ter feito uma “opção errada”, quebrando o histórico que sempre garantiu a representatividade das Ilhas na Europa.
"O histórico do Partido era ter sempre garantido, nas suas Listas, um lugar elegível para as Regiões Ultraperiféricas, designadamente a Madeira e os Açores, tanto mais quando são regiões que têm um Estatuto especial no Tratado de funcionamento da União Europeia e essa tradição foi quebrada”.
E assim, não é de estranhar que Miguel Albuquerque tenha admitido não haver necessidade do líder do PSD Nacional vir à Madeira nesta campanha, “algo que nem está previsto” e reiterou as suas críticas à oposição, designadamente ao Chega “para quem tudo é corrupto e tudo é traição à Pátria”, lembrando que esta “é a politica incendiária deste tipo de partidos, que depois coloca os incendiários no lugar”.
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