Um trajeto que devia envergonhar as autoridades por não terem feito nada para preservar o espaço limpo.
Está assim...
Era assim...
Está assim...
Era assim...
O Porto Santo procura a excelência do serviço mas nem tem tempo para ir além da excelência do tempo e da praia, faz o que pode e a mais não é obrigado.
O turismo esgotou a capacidade hoteleira e a capacidade de todos os outros alojamentos possíveis, até mesmo os paralelos, que a gosto deste agosto quente de tempo e a escaldar nos preços, nem tem mãos a medir numa fase pós pandemia em que a procura é muito superior à oferta.
É verdade que não dá para pensar em problemas do destino turístico quando enche naturalmente sem grande esforço. Mas também é bom que as autoridades políticas, locais e regionais, tomem consciência que existem situações completamente inadmissíveis do ponto de vista da qualidade global, como de resto já o referimos tratar-se do abandonado projeto do Penedo do Sono, da fábrica das algas.
Na verdade, há mais. A Fonte da Areia, diz quem sabe que já foi ponto de referência como núcleo de visita obrigatória, era parte dos circuitos, mas que neste momento está irreconhecível em matéria de acessos, sujos, perigosos, completamente abandonados, no miradouro sem protecção, numa fonte que resiste porque é de pedra, um parque de merendas que ainda deve ser frequentado por algum visitante mais afoito, a avaliar pela lata de um sumo qualquer deixada em cima de uma mesa porque o cesto do lixo, daqueles verdes de plástico, está a rebentar de cheio. Até o lixo vê-se que é "velho".
Até lá, uma descida penosa, parece que não é limpa há anos, a meio um galho atravessa a estrada e é verdade que, com pouca sorte de alguém, pode cair sobre uma qualquer cabeça. Um trajeto que devia envergonhar as autoridades por não terem feito nada para preservar o espaço limpo. Mais à frente, no miradouro, a proteção fica-se pela metade, o perigo é iminente como se o convite não fosse "vá por ser bonito" nas sim "não vá porque é perigoso". É pena.
É bom que o Porto Santo tenha lotação esgotada, a economia funcione e o negócio cresça. Mas nem tudo é negócio, nem tudo são números, é importante que o destino seja sustentado pela preservação do património natural. Até pode parecer que não dá dinheiro. Mas de certeza dá identidade e verdade ao destino se não quiser ficar só pela praia.
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