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  • Foto do escritorHenrique Correia

Albuquerque admite que decisão do juiz sobre Calado também foi para si



Diz que Manuel António esteve 10 anos no sofá e nunca ganhou uma eleição na vida. Quanto a um debate "era para lavar roupa suja". Admite que também ia "lavar". E por isso diz que é melhor evitar isso.



O presidente do Governo Regional e líder recandidato no PSD Madeira admitiu a RTP Madeira ter voltado atrás na demissão de se demitir na sequência da decisão do juiz de Instrução que libertou Pedro Calado, Avelink Farinha e Custódio Correia na sequência do primeiro interrogatório sobre suspeitas de corrupção.

Para Miguel Albuquerque, arguido num outro processo, a decisão do juiz sobre a inexistência de crimes no que se prende com os três suspeitos agora em liberdade, serviu também para si e para clarificar o seu grau de responsabilidade em matéria criminal, uma vez que no seu entendimento "os processos são conexos". Além de referir que averiguações são averiguações e a condição de arguido não significa culpado. Diz que anunciou a demissão por ter perdido maioria absoluta no Parlamento com a quebra de compromisso do PAN, que entrou condicionou o seu apoio à saída do presidente do Governo.

Por isso, face à decisão judicial, ainda que os processos continuem, da demissão à continuidade foi um passo muito curto, sentiu-se como que ilibado mesmo sem nunca ter sido ouvido e mesmo continuando arguido. Reafirma inocência e "deita mão" de 19 anos de Câmara e no terceiro mandato no Governo para explicar que "nunca nenhum empresário apontou seja o que for", acrescentando um argumento já usado pelo empresário Luis Miguel Sousa no Parlamento: "Somos uma população de 250 mil habitantes e toda a gente se conhece". Quando o jornalista questionou sobre uma pergunta (nunca foi corrompido?) de resposta antecipadamente conhecida, Albuquerque fez o que se esperava: "Nunca".

Nega que insiste em manter o poder devido à imunidade. Afirma que esse cenário "não faz sentido". Volta a explicar: "A partir do momento em que há uma decisão judicial sobre não haver crime nem indícios, é preciso tomar a iniciativa política. Até porque o Governo tinha sido legitimado há menos de seis meses. E o que fiz foi clarificar internamente o PSD e vamos para eleições, uma vez que já existiam movimentações e é legítimo haver aspirações das pessoas. Os prazos são os aprovados em conselho regional e era importante que tudo ficasse resolvido até 24 de março, dia a partir do qual o senhor Presidente da República vai decidir sobre a situação futura".

Quanto ao seu opositor na liderança do partido, Albuquerque não aceita a acusação de que o PSD-M está divorciado da sociedade. Se estivesse divorciado não ganhava sucessivas eleições. "Não aceito que um militante que esteve 10 anos no sofá, que não participou nas grandes lutas, venha agora dizer que o partido está divorciado. Ele nunca ganhou uma eleição na vida".

Quanto a um debate "era para lavar roupa suja". Admite que também ia "lavar". E por isso diz que é melhor evitar isso. E lança um aviso: "Se pensam que vão destruir o PSD, estão enganados. Vou ganhar as eleições e enfrentar futuros desafios".

Por isso, Albuquerque já não diz que sai em 2027. Isso era antes, agora só mais para a frente se saberá.













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