Uma moção de censura provoca a queda do Governo. Ou o PSD apresenta um outro candidato a presidente do Governo, uma condição que o CHEGA retomou agora, ou há solução alternativa de Governo com outras forças, ou se nada disso acontecer, então teremos eleições no início de 2025.
Com o rescaldo dos incêndios, Miguel Albuquerque "segura" Pedro Ramos mas não escapa ao "fogo político" que se avizinha.
O presidente do Governo Regional tem a plena consciência das fragilidades de um Executivo minoritário, que depende do apoio de algumas forças políticas no Parlamento, designadamente o CDS, o PAN e o CHEGA, que acabaram por viabilizar o Plano e o Orçamento. Sendo assim, o PSD está nas mãos desse apoio e com esta realidade dos incêndios poderemos estar perante a possibilidade de ficar em causa a estabilidade governativa.
Albuquerque sabe disso e disse, à margem do Dia de São Vicente, que se algum dos partidos que apoiam o governo apresentar uma moção de censura, o Governo cai.
O líder do Executivo diz que as decisões tomadas no combate aos incêndios foram corretas e nos tempos certos, podem averiguar o que quiserem. Apura-se essa realidade pelos resultados, não pelos achismos".
Albuquerque rejeita qualquer anomalia de comportamento quando regressou às férias no Porto Santo, considera essas críticas um aproveitamento político, desvalorizando essa situação que também aconteceu com o secretário que tem a tutela da Proteção Civil, Pedro Ramos, 8e que na RTP disse ter voltado à ilha dourada "para fechar a casa". Confrontado sobre uma questão sobre se vai demitir Pedro Ramos, Albuquerque respondeu: "Era o que faltava".
De facto, uma nova realidade política pôs incêndios poderá resultar na apresentação de uma moção de censura apresentada ou apoiada pelos partidos que até ao momento têm viabilizado o Governo, ou seja CDS, PAN e CHEGA. Mas até pode ser apenas o CHEGA, que tem 4 deputados e que tendo o apoio do PS e do JPP daria os 24 deputados da maioria absoluta.
Uma moção de censura provoca, de facto, a queda do Governo. Como a Assembleia Regional não pode ser dissolvida nos 6 meses seguintes às eleições, ou seja até 26 de novembro, o Governo entra em gestão. Ou o PSD apresenta um outro candidato a presidente do Governo ou há solução alternativa de Governo. Se nada disso acontecer, então teremos eleições no início de 2025.
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