Albuquerque vai jogar em dois tabuleiros (PSD e CDS) mas ainda terá outro problema se mesmo em coligação não consegue a maioria absoluta..."

Albuquerque revela lista da Coligação depois da Festa do PSD-M a 23 de julho. Em que lugar vai José Manuel Rodrigues? Esta é uma das expetativas.
Miguel Albuquerque já tinha afirmado que iria retardar ao máximo a divulgação dos candidatos da coligação às eleições regionais que decorrem, soube-se hoje, a 24 de setembro. O objetivo dessa espera, segundo o líder do PSD-Madeira, era evitar um período alargado para eventuais "amuos" daqueles que esperavam ir e não vão ou mesmo daqueles que vão mas esperavam um outro lugar.
Albuquerque reconhece que a escolha das listas é sempre um ato difícil. Desta vez, ainda é pior, tem o PSD mas também o CDS, o parceiro de coligação que embora integrando o Govermo, não tem aceitação por uma parte da militância social democrata madeirense.
Hoje, em declarações aos jornalistas à margem da inauguração das novas instalações do canal NaminhaterraTV, Albuquerque diz que vai divulgar a lista da Coligação logo após a festa do partido no Chão da Lagoa, a 23 de julho. Antes da Festa, nada, compreende-se a estratégia de fazer deste evento a grande mobilização do PSD-M em ano de eleições. E mesmo já sabendo quem vai escolher, Albuquerque não quer estragar a festa de referência anual do partido, com política, discursos mas muita música à mistura. No fundo, quer o povo unido.
Claro que o líder sabe o que está em jogo. Sabe que além de si e do líder do partido parceiro, o CDS, que ocupam as duas primeiras posições, deve ter em conta o atual líder parlamentar, Jaime Filipe Ramos, os vices da Assembleia, José Prada e Rubina Leal, as representações dos concelhos, os quatro presidentes de de Câmara que terminam o último mandato autárquico, a representação da JSD, os TSD, a paridade que a Madeira não respeita no Parlamento. E um grande problema, talvez a maior expetativa, em que lugar vai o atual presidente da Assembleia, do CDS, José Manuel Rodrigues.
Albuquerque sabe que não vai conseguir evitar amuos. Mas vai evitar os amuos que possam trazer problemas à coligação. Vai jogar em dois tabuleiros, mas ainda terá outro problema se mesmo em coligação não consegue a maioria absoluta, daí não fechar a porta a possíveis entendimentos, incluindo com o Chega.
Comentários