Anúncio da noite, de voto contra por parte do JPP, deitou por terra esperança do presidente do Governo.
O anúncio do voto contra do JPP ao Programa de Governo veio tocar as voltas a Miguel Albuquerque. O líder do Governo apostava, há muito, na abstenção dos partidos da oposição, designadamente CHEGA, IL e PAN, para viabilizar o Programa e o Orçamento, uma vez que esta votação necessita apenas de maioria simples, o que daria 21 (PSD+CDS) contra 20 do JPP/PS. Foi de resto o acordo com o CDS uma razão forte para chegar ao Palácio com uma vantagem de maioria simples acompanhada por uma garantia, hoje muito duvidosa, da abstenção do CHEGA, IL e PAN.
Ontem, na Festa das Sopas, na Boaventura, Miguel Albuquerque estava com alguma esperança no JPP depois do anunciado o voto contra do CHEGA. Só que à noite, Élvio Sousa anunciou também o voto contra do Juntos Pelo Povo, e certamente veio lançar um dado novo neste otimismo de Albuquerque, que a confirmar-se esta votação, cai com o Governo. E se nem o PSD mudar de candidato a líder do Governo ou a oposição não apresentar alternativa de governo de maioria absoluta, o Governo fica em gestão até dezembro, com duodécimos, e teremos eleições em janeiro.
Albuquerque confirmava, também, a narrativa de que tanto os madeirenses, em geral, como associações, empresários e clubes em particular, "não querem eleições", daí a mobilização dos últimos dias, pelos vistos com poucos efeitos, no sentido de pressionar a oposição para, no mínimo, a abstenção.
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