Henrique Correia
Albuquerque diz que é fácil escolher entre a saúde e a vida e a continuação dos campeonatos
"A situação pandémica está de tal ordem que é quase suicidário as nossas equipas se deslocarem para a prática de jogos de contacto ou coletivos"

O desporto não profissional, na Madeira, está em clima tenso face às decisões que o Governo Regional tomou, relativamente à participação nas competições nacionais e no âmbito das medidas de prevenção para combater a Covid-19. Há viagens pagas, há atletas que têm as respetivas profissões e, por isso, existem muitas questões que se colocam no que se prende com a exigência de dois testes e do cumprimento da quarentena. A essas questões, Albuquerque responde de forma pragmática: «A questão não é se gostar ou deixar de gostar. A questão é estabelecer prioridades. De um lado, temos a Saúde e a Vida dos atletas, dos treinadores, dos familiares e da comunidade onde os mesmos estão inseridos e do outro lado temos a continuação do campeonato, das provas desportivas. Quando temos de escolher entre estes dois valores, a escolha é fácil. Primeiro, está a saúde e a vida das pessoas».
O presidente do Governo disse hoje, à margem de uma visita à obra, já concluída, do novo polidesportivo da escola secundária Francisco Franco, que "a decisão é fácil quando se tem de escolher entre a Saúde e a vida de atletas e seus familiares, bem como da comunidade onde os mesmos estão inseridos, e uma prova ou campeonato desportivo". Em causa, está a decisão que obriga atletas, técnicos e dirigentes desportivos a, no regresso de prova ou jogo desportivo no Continente, realizar um primeiro e um segundo teste à COVID e esperar, em quarentena, pelos resultados dos mesmos. Albuquerque acrescenta que "a situação pandémica está de tal ordem que é quase suicidário as nossas equipas se deslocarem para a prática de jogos de contacto ou coletivos. É muito arriscado e isso traz, depois, consequências para a segurança dos nossos concidadãos. Não podemos nos permitir à criação de focos locais por causa de uma situação destas».
Segundo o líder madeirense, «as federações têm de estar em conformidade com o que são os interesses primaciais da nossa sociedade, quer na Madeira, quer no Continente, que passam por acautelar a Saúde Pública e a vida das pessoas numa situação de pandemia». E prosseguiu: «Estas associações e federações, estando associadas ao Desporto e sendo o desporto uma escola de valores cívicos, devem dar o exemplo».