Albuquerque em forma e sem adversários é "sucessor" garantido
- Henrique Correia

- 16 de mai.
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Presidente do Governo e do PSD-M admite novo mandato, diz que em política é mais fácil entrar do que sair e a sucessão deve ser muito bem pensada para não desequilibrar o futuro.

O presidente do Governo Regional e líder do PSD Madeira tem trata a sucessão interna com muita cautela, disse que faria três mandatos, diz que é cedo para falar do futuro relativamente a uma recandidatura, mas coloca o cenário da liderança num enquadramento que se encaixa na estratégia que está a desenvolver. Ou seja, vem de uma vitória robusta, eliminou, para já, a contestação interna, mesmo sendo arguido, e nem que seja em pensamentos já pensa em manter-se como candidato por mais um mandato lá para 2029.
Numa entrevista à agência Lusa, Miguel Albuquerque diz que vai continuar no cargo mesmo que seja acusado e relativamente à sucessão tem a ideia que é mais fácil entrar do que sair, uma vez que não esconde a sua preocupação de não perturbar o partido com a sua saída.
Já hoje, à margem de um ato público, as jornadas de medicina geral e familiar, Albuquerque reafirmou essa preocupação, diz que é cedo para falar de recandidatura ou de sucessão, é cedo e talvez para o atual líder seja bom assim, uma vez que Albuquerque admite que apesar dos 64 anos se se sentir bem fisicamente, admite manter esta presença política ativa.
"Não se fabricam lideres de laboratório", disse o presidente do PSD-M naquele que é o último dia de campanha para as legislativas nacionais antecipadas, um momento de apoiar a AD para a vitória no domingo, como reforça o presidente do Governo e do Partido Social Democrata na Região.
Albuquerque remete para um "vamos ver, é cedo", mas as palavras não escondem uma base de pensamento que poderá ir no sentido de novo mandato em 2029. E se eliminar, como tem feito, os candidatos internos, então será certo que nem de laboratório surgirá alguém com oportunidade de ultrapassar a estrutura partidária formatada para a liderança. O líder sabe disso, pelo que, mantendo-se em forma física e sem adversários, terá 68 anos em 2029 e no habitual quadro da vida política madeirense e particularmente do PSD-M, só sairá quando quiser. Ou com 72 ou com 76. Ou mais, nunca se sabe.





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