Marcelo Rebelo de Sousa ficará marcado por três dissoluções do Parlamento, resultando em três eleições legislativas (2021, 2023 e 2025).
A Assembleia da República será certamente dissolvida pelo Chefe de Estado depois de ter ouvido os partidos, ontem, e de ouvir o Conselho de Estado, hoje, um órgão onde tem assento o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, também ele em gestão, e que apesae de estar em Lisboa não esteve presente no conselho nacional do PSD, desconhecendo-se se vai ou não ao Conselho de Estado.
Uma reportagem divulgada pela CNN Portugal, citando o politologo José Filipe Pinto, lembra exatamente que Miguel Albuquerque surprendeu o Presidente da República, no âmbito do Conselho de Estado, quando em 2023 votou contra a dissolução da Assembleia da República, o que deu um empate (8-8). Era primeiro-ministro António Costa, que apresentou a demissão na sequência da investigação judicial em curso no âmbito da Operação Influencer. Marcelo aceitou e dissolveu o Parlamento com base na opinião dos partidos e apesar do empate no órgão de consulta.
Face a isto, refere a reportagem, "Marcelo Rebelo Sousa, que é um constitucionalista, não pode desautorizar sistematicamente o Conselho de Estado. Já sucedeu uma vez, não vai voltar a suceder”, conclui o politólogo
No dia em que vai para nova consulta a esse órgão, com a quase certeza de nova dissolução, Marcelo Rebelo de Sousa ficará marcado por três dissoluções do Parlamento, resultando em três eleições legislativas (2021, 2023 e 2025).
A mesma publicação acrescenta que "a alternativa à chamada ‘bomba atómica’ seria pedir ao PSD que indique outro nome para liderar o Governo, mas José Filipe Pinto acredita que essa não será uma opção. “Luís Montenegro tem uma legitimidade interna que fará com que o partido volte a apostar nele”, sublinha o politólogo, lembrando as demonstrações de apoio ao primeiro-ministro por parte dos ministros e dos sociais-democratas em comentários televisivos e no Parlamento".
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