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  • Foto do escritorHenrique Correia

Albuquerque está "sem chão"; Jaime Filipe Ramos é peça "chave" na estratégia



Miguel Albuquerque já vê o PSD-M a querer vê-lo pelas costas. Arrastando com isso o movimento "albuquerquista".




O ainda presidente do Governo Regional e ainda líder do PSD Madeira foi completamente apanhado de surpresa com o processo de investigação sobre suspeitas de corrupção na Madeira e que o coloca na condição de arguido. Foi um golpe profundo nas estruturas governamental e partidária, em função da dimensão e do que está em causa. Miguel Albuquerque, que até agora era a solução no PSD-M, passou a ser um problema e sente que quanto mais depressa sair de cena, menos prejuízo dá ao partido. Ainda por cima, o número dois também foi detido no âmbito da mesma operação. Pior era impossível.

Várias "fontes" ligadas ao PSD-M garantem que Miguel Albuquerque sente-se "sem chão" e num "beco sem saída", dizem mesmo que este momento abalou, de forma acentuada, todo o dia a dia, sabendo-se que nestes meandros da Política, como de resto um pouco pela vida no geral, os bons momentos fazem "chover" apoiantes, os maus momentos fazem "chover" críticas e afastar multidões, situação que os políticos não conseguem decifrar por antecipação visto a auréola de maiorias e de comportamentos absolutos que acabam por dar a convicção que estas realidades só acontecem aos outros. Um pouco do modus operando político de que "tudo é possível e nada acontece".

Neste enquadramento, têm sido dias difíceis para Miguel Albuquerque, que segunda-feira volta ao Palácio de São Lourenço para formalizar a demissão imediata. O PSD-M não quer eleições e vai fazer tudo para isso. Quer um novo presidente, um novo governo, um novo programa e um novo Orçamento. Menos novas eleições, o que se compreende face à noção que o partido tem relativamente a uma perda acentuada de votos e da possibilidade de não conseguir a maioria absoluta nem com o CDS e o PAN.

Sabe-se que os cenários têm sofrido algumas mudanças todos os dias. O partido parece com dificuldades para colocar um plano em marcha, estando na dúvida sobre o que fará o presidente da República depois de 24 de março, altura a partir da qual a Constituição permite a dissolução da Assembleia Regional.

Internamente, sabe-se que Jaime Filipe Ramos, o líder parlamentar e filho do antigo secretário-geraldo PSD no tempo de Jardim, é peça chave na decisão sobre a fórmula de futuro, num contexto em que Miguel Albuquerque já vê o PSD-M a querer vê-lo pelas costas. Arrastando com isso o movimento "albuquerquista", ao género do que aconteceu com este nos "ajustes de contas" ao jardinismo. É um ciclo que a política, no geral, sabe fazer muito bem no conceito do mal fazer que aproxima e afasta pessoas conforme os interesses, os acordos, as cumplicidades e as estratégias pessoais que, por norma, se sobrepõem ao interesse coletivo.

Jaime Filipe Ramos tem andado em negociações para que o PSD-M encontre um rumo rapidamente, embora não seja um processos fácil encontrar disponibilidade interna para segurar uma governação por dois meses. Ou seja, um líder para "queimar". Em cima da mesa está Jorge Carvalho, que normalmente já era o número dois do Governo. Mas a decisão está a ser "cozinhada" num contexto muito difícil e há a consciência que apesar das eleições terem ocorrido há menos de cinco meses, a verdade é que este governo está sem líder e com secretários sob suspeita. Uma realidade que nada tem a ver com a realidade de setembro de 2023.

Segundo o Nascer do SOL, "vários dos nomes falados já recusaram e há muitas dúvidas em escolher alguém que esteja a exercer funções executivas", o que exclui a opção Jorge Carvalho.

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