Presidente do Governo contra "manipuladores de pezinhos de lã que fazem um discurso incendiário".
Miguel Albuquerque veio sob pressão ao Dia da Cidade. Mesmo dizendo-se imune às críticas de ter regressarado às férias no Porto Santo enquanto as populações andavam preocupadas, o presidente do Governo tem sido alvo de acusações por parte da população, dos meios nacionais de opinião e até de muitos militantes do PSD, que consideram ter passado os limites das atitudes irresponsáveis.
Antes da intervenção na sessão solene, Albuquerque recusou todas as críticas de que é alvo e disse mesmo não receber lições de ninguém relativamente à assunção da responsabilidade política. No discurso propriamente dito, na Autarquia, o chefe do Executivo disse ser necessário "ter cuidado com os manipuladores de pezinhos de lã, os que fazem um discurso incendiário que visa instalar a autocracia que é incompatível com o regime em que vivemos".
O presidente não se sente pressionado, mas sente necessidade de alertar para a pressão. Não especifica quem anda em "pezinhos de lã", nem abordou diretamente as críticas que lhe têm sido feitas, também ao seu secretário com a tutela da Proteção Civil, sector cujo sindicato veio já pedir a dimensão do governante e do titular do SRPC na Madeira.
Quanto ao Funchal, Albuquerque lembrou a obra do concelho, o novo Hospital, "mas há outras de grande relevo, nas mais diversas áreas, como a obra viária entre o Amparo e as Quebradas ou os novos nós rodoviários, a habitação a custos controlados, a regularização e consolidação de ribeiras e taludes, a requalificação das escolas (como a da Levada) a Casa da Orquestra e a faixa-corta-fogo".
Albuquerque apontou as acessibilidades, a habitação e a Cultura como sectores importa no pacote de investimento no concelho.
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