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  • Foto do escritorHenrique Correia

Albuquerque "incomodado" com antecipação de Barreto



Albuquerque diz que os tempos são outros, dando a entender que os tempos das maiorias absolutas já lá vão e que precisa do CDS.



Depois do anúncio de Rui Barreto, Miguel Albuquerque diz, através da Lusa, que vai propor a coligação ao Conselho Regional. Decide, está proposto.


"Prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida". Para o efeito, estes votos que ouvimos nos casamentos podem muito bem adaptar-se, com as devidas alterações, a uma qualquer coligação política, no caso em análise entre o PSD e o CDS, que criou bases nas Regionais, criou raízes nas autárquicas e parece ter dado "frutos" para as legislativas nacionais antecipadas, a 30 de janeiro, onde está em causa a eleição pelo círculo eleitoral da Madeira. Coligados para sempre, para sempre coligados. Se o PSD precisa do CDS onde precisa, vai "levar" com o CDS onde não precisa, sendo que para a Assembleia da República o PSD elegeu três deputados e o PS dois. Se isto se repetir em janeiro, só o CDS ganha.

Mas esta coligação para as eleições nacionais, anunciada por Rui Barreto na RTP, cujas declarações demos conta neste espaço, veio "incomodar" o líder do parceiro de coligação, veio "irritar" dirigentes e algumas bases. Esta antecipação de Barreto, também como já escrevemos ontem, neste espaço, acabou por criar algum desconforto pelo facto de haver um conselho regional do PSD no dia 20 de novembro e mais uma vez os órgãos representativos terem sido colocados de parte e chamados a decidir o que já está decidido. Já é habitual isso acontecer, mas que diabo, dizem os militantes, é preciso ler os jornais para ficar a saber o que é levado à Comissão Política e aos conselhos regionais? Nesse caso, é melhor nem reunir.

Acontece que, desta vez, ao contrário de outras, Albuquerque ficou mesmo incomodado. Não é homem de se preocupar muito com aquilo que incomoda os órgãos ou as bases, mas desta vez, ele próprio achou que a declaração de Barreto. E por isso, meteu "mão na massa" e através da Lusa procurou reparar o "excesso" de Barreto. Mesmo que fosse combinado, as reações fizeram Albuquerque lembrar o que normalmente esquece: há reunião do Conselho Regional e é ali que se faz de conta que se decide a coligação. Mas diz que vai haver coligação. Uma meia "emenda" que não "encanta" os conselheiros, mas suaviza o ambiente.

O incómodo é de tal ordem que até o JM dá conta de um PSD "em polvorosa". Não será tanto polvorosa, mas alguma "pólvora" é de certeza. Mas seja como for e o que for, Miguel Albuquerque diz que os tempos são outros, dando a entender que os tempos das maiorias absolutas já lá vão e que precisa do CDS para as eleições difíceis. Como Barreto também já disse, que o PSD precisa do CDS. Não chega a identidade social democrata. E já que está nas eleições difíceis, deixa estar nas outras. O CDS agradece. Porque, até ver, está sempre difícil para o CDS ir sozinho.


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