Em entrevista à RTP, o presidente do Governo Regional chamou de "pequena pressão" ao que o jornalista chamou de "pequena não verdade" sobre a demissão se não obtivesse a maioria absoluta.
Miguel Albuquerque disse, na campanha eleitoral, que se demitia se não conseguisse a maioria absoluta nas eleições regionais. Na noite eleitoral, explicou que em pouco tempo ia ter uma solução de governo para cumprir essa maioria absoluta através de um acordo de incidência parlamentar. Mudou de opinião? Não se demite porque os resultados não deram os 24 deputados? Albuquerque disse que não, que não mudou de opinião, que sempre disse que se demitia se não conseguisse apresentar um governo de maioria absoluta. Uma espécie de "ajustamento" ao que tinha dito.
Mas agora, no espaço "grande entrevista", da RTP nacional, o presidente do Governo Regional, que hoje será chamado pelo Representante a formar o novo Executivo, explicou melhor o que disse e o que adaptou depois. Foi no meio do "aperto" de uma pergunta que Albuquerque "patinou" um pouco:
Fez o acordo mesmo com essa pequena "não verdade"? Albuquerque respondeu: "Mesmo com essa pequena...pressão. Não vai tirar a politica da política. Existem situações, na pressão da campanha, que é legitimo usar".
Albuquerque explica ter feito a campanha "a forçar a maioria absoluta no voto", mas isso não aconteceu o ficou a um deputado da maioria absoluta, sendo por isso obrigado a negociar com uma terceira força política.
O jornalista pergunta o porquê do PAN e Albuquerque é de uma sinceridade que não se sabe se é boa para o que o PAN está a pensar relativamente à sua utilidade: "O acordo com o PAN é uma questão de oportunidade política". Diz, ainda que "as questões do PAN, parte delas, já estão nos planos do PSD", uma declaração que levou o jornalista a ficar surpreendido com os conhecimentos, aprofundados, de Albuquerque relativamente ao programa do PAN.
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