"Vem ver o quê? Não há nada para ver".

O presidente do Governo Regional revelou hoje uma reação negativa quanto à possibilidade do Presidente da República visitar a Região no âmbito dos recentes fogos. "Vem ver o quê? Não há nada para ver. Tem área queimada, vamos recuperar, não há casas atingidas pelos incêndios, não há vítimas. O que é que vem fazer? O Presidente telefonou-me, eu expliquei o que se estava a passar, está resolvido. Não faz sentido vir".
Miguel Albuquerque fez estas declarações na Ponta Delgada onde participou na missa e procissão do Senhor do Bom Jesus.
Num outro assunto à margem da cerimónia religiosa, o líder do Governo madeirense disse
"não acreditar que as posições mais acesas da oposição relativamente à estratégia de combate aos fogos vá influenciar as negociações para o Orçamento de 2025. Miguel Albuquerque diz que os madeirenses querem manter o rumo do desenvolvimento, do desemprego baixo, do investimento estrangeiro e local e as infraestruturas de saúde e de habitação.
O líder do Governo lembra a dificuldade da existência de maiorias absolutas e está disponível para o escrutínio do Parlamento. Mas avisa que as pessoas não querem instabilidade, querem o desenvolvimento.
Relativamente à ida à Assembleia para a comissão que vai averiguar a estratégia de combate aos incêndios, Albuquerque diz que alguém vai ter que provar a existência de negligência, pelo que insiste que não vai demitir nem o secretário nem o presidente da Proteção Civil. "Não podemos andar ao sabor do que se diz nas redes sociais, temos que ter um rumo e segui-lo".
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