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Albuquerque quer dividir "geringonça" desvalorizando o PS e elevando o JPP

Foto do escritor: Henrique CorreiaHenrique Correia


Debate na RTP-M confirma preocupação do líder do PSD-M. José Manuel Rodrigues aberto a todos e Miguel Castro (CHEGA) fechado a Albuquerque.




É cada vez mais claro o receio do PSD Madeira relativamente à possibilidade, hoje mais forte do que ontem, de um governo de "geringonça" na Região, envolvendo o PS e o JPP como base. Têm 20 deputados, mas é muito plausível que o Juntos Pelo Povo possa crescer, sendo uma incógnita a prestação do PS nos números destas eleições. No pior cenário, fica na mesma, e se for esse o caso até pode ser ultrapassado pelo JPP, com consequências futuras e respetivas ilações.

Albuquerque já não consegue esconder essa preocupação, também no debate de hoje na RTP-M. Tem dados que lhe permitem procurar, a todo o custo, evitar uma aliança JPP/PS. E procura fazê-lo por dois prismas. Primeiro, promoveu contactos preliminares para "piscar o olho" ao JPP, um "inimigo de estimação" que o PSD quer aproximar para "cortar caminho" a uma alternativa. E num caso limite, está disposto a conceder tudo, quer fazer crer ao JPP que a melhor forma de concretizar o seu programa é sendo aliado governamental do PSD. Só não sabe o que pensa o JPP, onde Élvio Sousa garante "alergia" irreparável ao PSD, mas não coloca linhas vermelhas e remete negociações, seja com quem for, para depois de ver os resultados. O peso negocial tem a ver com o peso eleitoral. Outro prisma é "picar" o PS ao dizer que podemos ter um governo liderado pelo JPP, com o PS subalterno. O que, a acontecer, vai apanhar um PS esfrangalhado perante aquilo que pode acontecer de os socialistas nunca terem descido tão baixo.

E na verdade, o cenário político madeirense nunca esteve tão incerto quanto agagorao PSD pode vencer mas ficar sozinho, até porque o seu parceiro, o CDS, está disponível para falar com todos, mesmo dizendo que esse "todos" deve respeitar a ideologia do centro-direita. E neste debate televisivo, Cafôfo acusou José Manuel Rodrigues de condicionar qualquer negociação à cedência do cargo de presidente da Assembleia. Ao que Rodrigues respondeu dizendo que Paulo Cafôfo convidou-o várias vezes para presidente da ALRAM e até votou nele para o cargo.

Quanto ao CHEGA, deixou tudo claro, pelo menos por hoje. Diz não querer negociar com o PSD de Miguel Albuquerque, o que deixa o líder social democrata sem grandes alternativas se não conseguir uma votação que lhe permita força negocial.

Em síntese, pela primeira vez, é um risco fazer prognósticos consistentes sobre as eleições de 23 de março.



 
 

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