"Olhe para mim, acha que eu tenho ar de pressionado? Vou continuar a governar e a cumprir. E contamos com uma realidade que decorre da auscultação aos partidos".
O presidente do Governo Regional e do PSD Madeira partilha, naturalmente, da moderação do líder do CHEGA Madeira, que todos os dias critica a inércia do Governo, diz que o crédito está a esgotar-se, mas quanto à consequência, a moção de censura, não está para aí virado politicamente e diz que não é o momento adequado para derrubar a governação regional. Castro diz que pensa nos madeirenses, mas admite que derrubar o Governo pode ser mau também para o CHEGA, talvez ache que o partido perde se for a eleições. Se calhar...
Hoje, Albuquerque disse que a posição do CHEGA Madeira foi a mais ponderada e responsável. Um "piscar de olho" que não é novo mas que promete novos resultados quando o Governo precisar de aliados para a maioria parlamentar. E, nesse caso, o CHEGA é a garantia.
Quando o jornalista perguntou sobre o facto do CHEGA ter dito que a moção de censura estava escrita a aguardar melhor oportunidade, se isso pressionava Albuquerque, o presidente do Governo respondeu com o que mais é caraterístico, vê as provocações como um desafio e quanto mais desafiado é, mais insistente e persistente se torna: "Olhe para mim, acha que eu tenho ar de pressionado? Vou continuar a governar e a cumprir. E contamos com uma realidade que decorre da auscultação aos partidos. Se aprovámos o Programa e o Orçamento para 2024, é natural que os mesmos partidos aprovem para 2025, uma vez que são as mesmas políticas".
Miguel Albuquerque voltou também a abordar as negociações com Luís Montenegro e repetiu argumentos anteriores. Diz que está a estabelecer compromissos e refere que "a Autonomia não é uma excentricidade", sublinhando que as Regiões Autónomas fazem parte do Portugal Democrático.
A redução no preço das passagens aéreas, no âmbito do subsidio de mobilidade, anunciado pelo primeiro-ministro no Congresso do PSD Açores foi outro tema abordado por Albuquerque, que lembrou tratar-se de um modelo estabelecido pelo seu governo em 2015, com o então primeiro-ministro Passos Coelho, o que permitiu viajarem como nunca a preços baixos". Quanto ao modelo de mobilidade, o líder do Governo considera que é importante resolver sem distorcer o mercado.
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