Presidente do Governo Regional diz que foi uma boa decisão debater a moção de censura depois do Orçamento para 2025.
Cauteloso, ponderado, calmo. Foi assim que Miguel Albuquerque apareceu quando visitou, esta quarta-feira, a obra do novo Hospital. E foi nesse registo que elevou o papel do Parlamento enquanto órgão que escrutina a ação governativa, sublinhando o regime parlamentarista em que se move a política madeirense. "Se a Assembleia decidiu debater a moção de censura depois do Orçamento, acho que é uma boa decisão e o plenário é soberano".
Para o presidente do Governo "o importante é aprovar o Orçamento" e deu o exemplo do novo hospital que até final do ano tem que ver aberta a terceira fase de construção, que sem Orçamento não é possível avançar. São mais 200 milhões para não haver interrupções".
Para Albuquerque, que não saiu desse registo de tranquilidade, ainda que possa ser aparente, o Orçamento está no topo das preocupações, mas quando se fala do partido e de eventuais movimentações para mudar a liderança, a prioridade já não é a mesma e volta a lembrar, como ontem o fez, que foi eleito e ganhou, como tal foi escrutinado e tem legitimidade para o exercício do cargo no partido e no Governo. "Uma coisa é mandar notícias com o candidato A ou B l, outra coisa é o que eu sinto na rua junto da população. O povo vê a Madeira em crescimento e quer manter".
Refira-se que a empreitada “Hospital Central e Universitário da Madeira (HCUM) - 2.ª Fase, estruturas e arranjos exteriores” prossegue a bom ritmo, depois de alguns constrangimentos sentidos inicialmente, relacionados com dificuldades de aquisição de matérias-primas, designadamente de aço em varão, motivados pela Guerra na Ucrânia.
A segunda fase da obra, atualmente em curso, tem um valor contratual de 74 698 447,25 euros (sem IVA) e tem prevista conclusão para março de 2025.
No global, o novo Hospital Central e Universitário da Madeira representa, em todas as suas fases, um investimento na ordem dos 350 milhões de euros.
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