Filipa Jardim Fernandes foi vice presidente na gestão de Paulo Cafôfo na Câmara do Funchal, saiu em 2014 em incompatibilidade com o então líder da Autarquia por este ter retirado pelouros a outro vereador, no caso Gil Canha, entre atitudes e decisões assumidas sem prévio conhecimento por parte dos parceiros da coligação Mudança, que era composta por PS/BE/PND/MPT/PTP/PAN). A vice, independente, publicou hoje um escrito sobre as eleições legislativas regionais de domingo, e não poupou críticas a Paulo Cafôfo, dizendo tratar-se de "um líder fraco".
Filipa Jardim Fernandes escreve que "o PS, que poderia ter aqui uma oportunidade única de se assumir como a alternativa credível ao poder instalado do PSD foi o grande perdedor da noite porque continua a viver numa realidade paralela, num grupo cada vez mais fechado, liderado por um líder fraco que não consegue se aperceber que não basta prometer subsídios para tudo e mais alguma coisa e apostar no desmérito e na política do bota abaixo relativamente ao partido do governo para ser uma alternativa credível".
"O discurso de Paulo Cafofo ontem à noite mostra bem o desnorte em que está o PS regional porque não houve ninguém com cabeça para aconselhar-lhe a não falar da sua ideia maluca e nada plausível de juntar todos os Partidos, com excepção do Chega, para serem uma alternativa de governo ao PSD. E é fácil perceber a maluquice da proposta, desde logo porque os restantes partidos só alinhariam caso o PS tivesse tido uma votação mais expressiva, depois porque seria difícil integrar as propostas de partidos como o CDS e a IL no programa do PS e finalmente porque o JPP foi o partido que saiu mais reforçado destas eleições e estaria numa posição de maior força para fazer exigências. Esta proposta maluca só se entende porque o actual líder do PS está com dificuldades em aceitar que o seu grande sonho pessoal de ser presidente do governo regional está cada vez mais longe".
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