Este tipo de atitude de "apanhar" apoiantes de Manuel António por onde legalmente é possível, está a causar alguma revolta.
Começa a ficar difícil esta seleção entre "bons e maus" no PSD Madeira, conforme apoiaram ou não o líder vencedor. E mesmo com todos os desmentidos de "caça às bruxas", fica complicado entender tantas coincidências juntas depois de Rafaela Fernandes ter "despachado" vários nomes que, "por acaso", foram apoiantes de Manuel António Correia. Depois foi Natércia Xavier, diretora regional da Cultura, que na primeira oportunidade não viu a sua função renovada, ao contrário da maior parte dos quadros dirigentes. Depois, foi ainda o caso de Filipa Freitas, que apoiou Manuel António nas internas do PSD e acabou afastada do conselho de administração do SESARAM, com o secretário regional da Saúde a dizer o que pode dizer: justifica a saída de Filipa Freitas da vice-presidência do serviço regional de saúde, antes de terminar a comissão de serviço como uma opção. Diz tratar-se de uma opção num novo ciclo politico.
O mais recente episódio surge com um rótulo de entendimento para uma espécie de "retaliação". Ricardo Sousa, responsável pelo núcleo regional da Liga Contra o Cancro, destacado da sua função de professor, uma realidade que ocorre há muitos anos para o exercício desta função associativa, também é presidente da Associação Desportiva do Caramanchão, viu o seu destacamento recusado pela secretaria da Educação, o que o obriga a regressar à atividade letiva, na Escola de Machico.
"Fonte" próxima do processo que conduziu a esta decisão, faz uma leitura política do ocorrido, sendo que este tipo de atitude de "apanhar" apoiantes de Manuel António por onde legalmente é possível, está a causar alguma revolta, tanto mais que é uma decisão governativa resultante de uma realidade partidária.
Os destacamentos, muitos, que a secretaria regional gere todos os anos, está efetivamente na sua esfera de competências, o mesmo acontecendo com a anuência ou com a recusa dos mesmos alegando conveniência de serviço ou outro argumento que tenha a ver com resposta necessária ao contingente do quadro de docentes.
Ainda assim, são várias as interpretações que vão no sentido de ser difícil não associar estas escolhas seletiva às recentes eleições internas no partido.
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