Antigo vice do Governo e da Assembleia diz que "o que está em causa não é ir a votos e ficar tudo igual".
Até Miguel Sousa, um apoiante de Miguel Albuquerque e um crítico aceso de Jardim, já escreve estas passagens deveras curiosas que deixam o seu apoiado, líder do partido e do Governo, com um "pé atrás" relativamente aos apoiantes que lhe juram apoio interno, e alguns eterno. Diz o antigo vice do Governo e da Assembleia: "O que está em causa não é ir a votos e ficar tudo igual. Esse será o nosso pior erro. A situação exige serenidade, bom senso, e, claro, sentido de estado. As opções são pela Madeira, não por ninguém em particular".
Num artigo publicado no Diário, Miguel Sousa escreve que "a ausência de clareza na opção política escolhida pelo povo perturba a formação de um governo que promova uma liderança estável e que se sujeita a juízo democrático no regular período eleitoral. Atualmente, não temos nada disso...o PSD-M continua a ser a solução política equilibrada, ainda que persista uma divisão interna, muito ampliada pelo seu anterior líder Alberto João Jardim, e que o deixa aquém dos 24 deputados. Ainda por cima, mantendo-se agarrado ao CDS, partido fantasma de direita, que lhe vai estendendo armadilhas que infantilmente aceita".
Miguel Sousa não poupa o partido parceiro do Governo, que tem a presidência da Assembleia m, cargo exercido pelo respetivo presidente centrista José Manuel Rodrigues, apesar de, por si só, não garantir ao PSD a maioria absoluta. O antigo governante criticava oposição incluindo o CDS, um partido que, na sua opinião, não é de confiar "qual pseudo-parceiro que trai a cada passo na sua loucura blasfema pela sobrevivência".
Comentários