Miguel Sousa lembra que seis da lista já estão, corresponde a "um quarto da maioria absoluta". Pedro Calado para o futuro, Pedro Coelho com estatuto de vencedor e presidência da Assembleia são outros "bicos-de-obra".
Já são seis os nomes certos na lista da Coligação PSD/CDS para as Regionais, como escreveu Miguel Sousa, antigo vice de Governo social democrata, "um quarto da maioria absoluta necessária. Aos poucos forma-se a equipa eleitoral. Ainda não há jovem nem mulher".
Parecendo que não, as movimentações na Rua dos Netos fazem-se ainda numa reserva "negocial" depois daquele momento mais conturbado com o levantamento do nome de Cunha e Silva para figurar na lista e ser candidato a presidente da Assembleia Regional, o que obrigou, como já aqui escrevemos, uma reunião de emergência entre José Prada, o secretário-geral do partido, Jaime Filipe Ramos, líder parlamentar, com Miguel Albuquerque dando conta da possibilidade de uma situação interna complicada se Cunha e Silva avançar. O vice do Governo de Jardim, responsável pela criação das sociedades de desenvolvimento, nunca conseguiu garantir um clima de consenso no seio do PSD Madeira, o que lhe tem valido muitas resistências relativamente a um eventual regresso à política ativa, que tentou sem sucesso no mandato de Rui Rio. E várias fontes garantem ser insuficiente o espaço regular que mantém como articulista do Diário, com quem sempre manteve relacionamento privilegiado, onde vem fazendo várias referências elogiosas à governação de Albuquerque.
Já referimos, e não é difícil de prever as dificuldades de Miguel Albuquerque para fazer a lista para as regionais. Os seis a que se referiu Miguel Sousa são Albuquerque, Barrtoe os quatro presidentes de Câmara que terminam mandato em 2025 e não podem recandidatar-se, sendo por isso necessário assegurar lugar já nestas regionais.
Dentro do PSD-M apontam-se muitos problemas para Albuquerque. Que além desses seis, tem outros seis praticamente assentes, casos de Jaime Filipe Ramos, José Prada, Rubina Leal, mais José Manuel Rodrigues, que se junta a Barreto pelo CDS, para não falar num terceiro centrista que estará na linha de negociação de Barreto para manter o que tem neste momento. E como diz Miguel Sousa, "ainda não há jovem nem mulher". Ou seja, metade da maioria absoluta está "encomendada", fora as pressões.
Mas há outra preocupação de algumas tendências internas, sendo que a liderança de Albuquerque não está em causa, mas a verdade é que sem perder de vista o futuro está Pedro Calado, que tem mantido alguma fricção com José Prada, que Albuquerque tem gerido com alguma calma mas a controlar à distância. Para já, essa tensão fica-se por uma "guerra fria" e com algumas "colocações" de "espingardas" na Câmara Municipal.
Mas garantem que outra situação estará na agenda do futuro do PSD-M, relacionada com o futuro de Pedro Coelho, o presidente de Câmara de Lobos, que ostenta, a par de Carlos Teles na Calheta, as grandes vitórias do partido ao nível autárquico, srgurando o partido mesmo quando este se desmoronou a nível autárquico noutras paragens. Só que ao contrário de Teles, Pedro Coelho é mais político, mais estratega e tem alguns apoios para outras ambições que vão além de deputado.
Pedro Coelho é vitorioso dentro do PSD-Madeira e isso confere-lhe estatuto, mas também resistências internas mais relacionadas com o seu suporte interno do que propriamente por ele próprio, mesmo sabendo-se que internamente há claros posicionamentos no sentido de Pedro Coelho não ter "estofo" para a eventualidade de estar a ponderar uma possível liderança do partido.
São opiniões, mas ajudam a perceber as dificuldades de Albuquerque para fazer a lista deixando de fora muitos que se consideram elegíveis e acham que o CDS "atrapalha" com três lugares que não correspondem à dimensão real se fosse a votos.
Para não falar num outro "tsunami" para o líder como resolver o caso José Manuel Rodrigues. Tirar cria problemas, manter cria problemas. E agora?
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