Henrique Correia
Associação promete luta contra a asfaltagem da estrada das Ginjas
Recém criada Associação Cívica para a Defesa e Proteção da Floresta Laurissilva acusa a entidade regional gestora do Ambiente de ter falhado

A polémica asfaltagem da estrada das Ginjas promete não ficar apenas pelas criticas individualizadas ou com relação a partidos, vai mais longe do que isso e já foi a mola impulsionadora da criação de um movimento associativo, um espaço de exercício de cidadania, a que foi dado o nome de Associação Cívica para a Defesa e Proteção da Floresta Laurissilva” constituída como uma Organização Não Governamental para o Ambiente e cuja apresentação pública ocorreu hoje.
A associação afirma não professar nem desenvolver "nenhum objetivo político, racial, religioso ou filosófico.
A associação contribuirá ativamente na monitorização da qualidade e integridade das Florestas Laurissilva e no desenvolvimento de projetos e ações de conservação".
Mas sem dúvida que o processo de asfaltagem, que o próprio Governo já veio afirmar e deliberou mesmo no sentido de asfaltar menos do que previa, cobstitui, segundo a associação "um vibrante desafio à estabilidade e qualidade da Floresta Laurissilva da Madeira", prometendo que a DPFL "posicionar-se-á ativamente e sem reservas na defesa da integridade da nossa Floresta Laurissilva.
A nossa ação não terá fronteiras, muito menos será condicionada por dinâmicas locais ou de interesses particulares", clarificando que "a internacionalização desta questão é inevitável". Referiram os responsáveis por este movimento que "o custo com perda e perturbação da imagem turística da Madeira e os prejuízos operacionais serão da responsabilidade, de quem pretende e insiste, obstinadamente, neste atentado contra um bem da natureza á escala mundial". A DPFL considera que "a entidade governamental gestora do ambiente, falhou na defesa daquilo que deveria saber ser inviolável e inegociável. Na sua ação de entidade gestora e autoridade do ambiente, aceitar um estudo de impacto ambiental, não conforme com os parâmetros internacionais e com as recomendações da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN/IUCN) é uma falha reprovável e de uma aventureira inconsciência". Refere uma informação da associação que "existem parâmetros e diretrizes definidas para estes estudos, quase todos enquadrados no Parágrafo 172 da Convenção que rege e enquadra os locais classificados como património mundial da UNESCO, parâmetros esses que não foram considerados, quanto menos atendidos, naquele infeliz estudo de impacto ambiental, que as autoridades governativas locais, consideram como suficiente para análise e eventual aprovação". A DPFL "intervirá, junto às instâncias administrativas nacionais, assim como junto ao comité gestor, das zonas classificadas pela UNESCO de forma que, as recomendações e enquadramentos técnicos para estes estudos, seja aplicado pelas autoridades do ambiente da Madeira".
A denuncia ao Secretariado da UNESCO junto com a exposição à opinião publica mundial, deste atentado contra o património natural da humanidade, revela os passos que a DPFL Associação Cívica para a Defesa e Proteção da Floresta Laurissilva tomará de imediato.