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Bernardo Trindade maritimista com "dor": "Já não basta o Maritimo..."

Foto do escritor: Henrique CorreiaHenrique Correia



"O futebol hoje não é nada do que foi. Uma modalidade global que é muito mais do que o simples pontapé na bola. É interesse económico. Que movimenta milhares de outros interesses".



O Marítimo desceu e foi uma "hecatombe emocional" nos adeptos, além do "desastre" do ponto de vista desportivo e económico financeiro. Aconteceu o inimaginável, a descida à II Divisão, onde já está o Nacional e onde pontificam equipas de grande espírito competitivo, de luta, uma raça muito especial, muito própria. Por isso, entre as abordagens mais pragmáticas e conhecedoras do fenómeno, há umas que fazem emergir a parte racional da dificuldade que é, para um clube que desce, subir na época seguinte, que é aquilo que o Marítimo pretende. Não impossível, aconteceu com o Moreirense, mas muito difícil.

Entre as publicações no Facebook, ressalta à vista o desabafo feito pelo madeirense Bernardo Trindade, maritimista, hoje também sofredor, administrador do grupo Porto Bay, antigo secretário de Estado do Turismo e atual presidente da Associação de Hotéis de Portugal. Que escreve sob título "Ainda a ressaca".

Bernardo Trindade assume o seu maritimismo "desde que me conheço" e lembra tempos menos bons e tempos muito bons. E diz tudo: "E se é verdade que a única responsabilidade para o que vivemos é do Maritimo e dos seus dirigentes, a alteração deste quadro já não basta o Maritimo".

O autor expõe:


"Conheci os Barreiros onde não cabia mais uma agulha de tanto apoio clubistico.

Do tempo em que entrava uma cruz de alecrim para benzer e proteger a baliza do Maritimo...

Dos treinadores António Medeiros e Manuel de Oliveira de quem se acreditava serem portadores de poderes sobrenaturais para enfrentar o sobe e desce…

Do China, do Arnaldo Silva, do Angelo, do Rui, do Fragata, do Eduardo luis ou do Quim…

Fui tb atleta do clube. No andebol onde fiz todos os escalões de formação…fiz tb amigos para a vida !…

Tudo isto para dizer, que a dor que senti é diretamente proporcional à dificuldade que sei existir no regresso que todos desejamos.

Por que ? Pq o futebol hoje não é nada do que foi. Uma modalidade global que é muito mais do que o simples pontapé na bola. É interesse económico. Que movimenta milhares de outros interesses.

Já não é, como bem explicava o Miguel Sousa, uma questão do governo aumentar o subsídio.

Hoje é um tema global.

E se é verdade que a única responsabilidade para o que vivemos é do Maritimo e dos seus dirigentes, a alteração deste quadro já não basta o Maritimo.

Os sócios vão ter de pensar bem. Parcerias, partilha de poder acionista, financiamento, reciclagem nos métodos de abordagem deste novo fenómeno global…

Uma vez mais, tb aqui, da Ponta de São Lourenço começamos para o mundo…

Força Maritimo !"



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