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Câmaras de videovigilância já estão a ser instaladas no Funchal

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • 22 de abr.
  • 3 min de leitura



Câmara e PSP recorrem às estatísticas para "brilharem" políticas e ações. Só que os números, não raras vezes, esbarram com a realidade que o povo sente. A estatística diz que os crimes baixaram.



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"O Funchal continua a ser uma cidade muito segura, com uma redução significativa dos índices de criminalidade”, revelou a presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristina Pedra, no final da reunião do Conselho Municipal de Segurança, que decorreu na Sala da Assembleia Municipal, onde foram apresentados os dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024.

Como sempre acontece nestas situações, as estatísticas são válidas mas nem sempre expressam a realidade de alguns dias no Funchal. Quando há pancadaria na Praça do Carmo ou na Fernão Ornelas, que obriga turistas a fugirem dos cafés e residentes a evitarem a zona, uma inquietação real, não conta devido ao facto de as mesmas situações não constarem de participação. As autoridades só podem reger-se pelos números, mas a população sente mais do que isso e a realidade esbarra, não raras vezes, com a estatística, que serve para "brilhar" as instituições, cujo trabalho não pode ser posto em causa nem pode ser desvalorizado, tal como a sensação dos cidadãos.

Cristina Pedra destacou que os dados fornecidos pela Polícia de Segurança Pública (PSP), através do Subintendente Sanguedo, que esteve presente na reunião, evidenciam uma descida expressiva da criminalidade geral na Região Autónoma da Madeira, com uma redução de 4,6% dos crimes participados. No Funchal, a descida foi ainda mais acentuada, atingindo os 4,8%.

Cristina Pedra informou ainda que a criminalidade violenta e grave, como furtos com violência, invasão de propriedade privada e ofensas à integridade física, registou uma “redução substancial” no Funchal de 4,5%, contrastando com o aumento de 2% a nível nacional.

A autarca chamou ainda a atenção para os dados relativos à violência doméstica, que, apesar de se manter como um “flagelo”, registou, no entanto, uma seção especial. A nível nacional, a descida foi de apenas 0,8%, enquanto na região foi de 6,6%. No Funchal, a redução chegou aos 16,6%. “Não podemos satisfazer qualquer número neste tipo de crime, mas este é um sinal positivo do trabalho de prevenção e acompanhamento que tem sido feito em rede”, afirmou.

Outro dado é o elevado número de detenções por condução sob o efeito de álcool, cerca de 400 no Funchal em 2024, com taxas superiores a 1,2g/l. “O álcool continua a ser um factor potenciador de diversos crimes, incluindo a violência doméstica”, salientou Cristina Pedra.

Outro tipo de crime que continua a aumentar, são as burlas. Seja por chamadas, mensagens ou, mais recentemente, por criptomoedas. “É preciso estar atento, sobretudo os mais velhos, que são os principais alvos”, alertou Cristina Pedra, sublinhando a importância da literacia informática e da prevenção para combater este tipo de crime.

O presidente da autarquia anunciou que uma das grandes apostas da autarquia para aumentar a segurança no espaço público já está em marcha, nomeadamente a instalação de câmaras de videovigilância em vários pontos da cidade. "Trata-se de um investimento de um milhão de euros e as câmaras, de grande qualidade, fornecem captar imagens a 360 graus, mesmo à noite, e estão ligadas por uma linha de fibra ótica independente dedicada exclusivamente à PSP. A Câmara não tem acesso às imagens. Esta é uma medida dissuasora e preventiva, com impacto direto na segurança pública", sublinhou.

 
 
 

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