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  • Foto do escritorHenrique Correia

Cafôfo é o contra-ataque de Costa ao núcleo dos "renovados" de Albuquerque



A declaração é de Alberto João Jardim à RTP Madeira: "Um contra-ataque do dr. Costa ao dr. Miguel Albuquerque que aposta forte nas comunidades", de tal modo que "o núcleo duro do chamado movimento de renovação foi colocado nas comunidades"




Alberto João Jardim felicitou Paulo Cafôfo pela nomeação para secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e desejou resultados positivos. A título pessoal. Mas politicamente diz que o ex-líder do PS não tem conhecimentos na área da emigração para o exercício do cargo. "Tem para outras áreas, não para a emigração".

No comentário na RTP Madeira, o antigo presidente do Governo Regional tem uma explicação para esta escolha de Cafôfo por parte do primeiro-ministro: "Uma manobra do dr. Costa. Um contra-ataque do dr. Costa ao dr. Miguel Albuquerque que aposta forte nas comunidades, de tal modo que o núcleo duro do chamado movimento de renovação foi colocado nas comunidades". Jardim refere-se à equipa que acompanha Rui Abreu, diretor regional das Comunidades, um homem da confiança de Albuquerque e que inclusive foi secretário-geral do PSD-M na fase inicial da nova liderança.

Neste âmbito da emigração, Jardim recorda que no seu tempo a estratégia junto das comunidades passava, também, pelos contactos ao mais alto nível dos países de acolhimento, era ao mesmo tempo de contacto com essas comunidades e institucional, situação diferente daquela que a governação de Albuquerque adota presentemente.

Para Jardim, esta escolha que incidiu em Cafôfo tem a ver com o diagnóstico feito pelo primeiro-ministro ministro relativamente à Madeira, sobretudo porque a Região entendeu, ainda sob o comando jardinismo, que a Madeira deve ter grupos económicos próprios, sendo a emigração uma área muito importante nesse sentido. Depois, a emigração teve um papel importante nos resultados eleitorais na Madeira, designadamente os eleitores vindos da Venezuela. São fatores determinantes numa ação governativa, reforça o também presidente honorário do PSD-M.

Do Governo da República, na sua globalidade, Alberto João Jardim diz que o PS "colocou no Governo os homens do aparelho partidário e os cinco candidatos à sucessão de Costa", o que na sua opinião "não é bom". Diz que "quando se trava no Governo a luta pela sucessão, as coisas não correm bem". E Jardim lembra-se do seu tempo em que teve dois candidatos à sua própria sucessão e que integravam o Governo Regiinal, no caso Cunha e Silva e Manuel António Correia. Nem um nem outro chegaram a líder, foi Miguel Albuquerque a ganhar.

Mas Jardim tem uma especial atenção para com Fernando Medina, o atual ministro das Finanças. Não esconde que ele até pode chegar a líder do PS e a primeiro-ministro. Tudo porque no 20 de fevereiro, no meio do caos ba Região, ele foi importante, enquanto secretário de Estado, no trabalho desenvolvido com a Região, representada pelo vice presidente João Cunha e Silva. "Fizeram um grande trabalho". Por isso, para Jardim, Medina está na "calha".


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