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  • Foto do escritorHenrique Correia

Cafôfo devia reconhecer a derrota e não fazer um "discurso em fuga"



Miguel Gouveia acentua críticas ao líder do PS Madeira e diz que Cafôfo devia "reconhecer que a estratégia de tentativa de capitalizar politicamente os processos judiciais falhou redondamente".




Miguel Silva Gouveia é vereador da coligação Confiança no Funchal, foi presidente da principal Câmara Municipal da Região no período pós Cafôfo e é um militante recente do PS Madeira. Abordou hoje os resultados na Madeira das eleições legislativas nacionais, não poupou nas críticas à forma como o líder socialista madeirense reagiu ao descalabro eleitoral que levou o PS-M a perder um deputado para o CHEGA.

Miguel Gouveia escreve que o discurso menos bem co seguido foi do líder do seu partido, precisamente Paulo Cafôfo: "Além de não ter cumprimentado os vencedores, como manda a ética democrática, apressou-se a imputar culpas do seu desaire eleitoral a Pedro Nuno Santos e à penalização do PS no contexto nacional, alegando o desgaste provocado pelo governo da República. Esqueceu-se que ele próprio faz parte do governo da República cessante, e que nos resultados globais, o PS poderá ainda igualar a AD em número de deputados, caso consiga repetir os resultados de 2022 no voto das Comunidades, de que Cafôfo é Secretário de Estado".

O atual vereador e militante socialista diz que

"pior do que este expediente habitual, foi a insistência na mensagem de continuidade na estratégia, dispensando reflexões e ensimesmando o discurso em fuga para as próximas eleições, que se presumem ser regionais, com o mesmo cabeça de lista que, tomará posse na Assembleia da República, para um mandato que pretende interromper.

Aqui, a atitude digna, seria reconhecer a derrota eleitoral, reconhecer que a estratégia de tentativa de capitalizar politicamente os processos judiciais falhou redondamente, reconhecer que foi um erro construir um projecto assente na imagem de uma única pessoa, reconhecer a incapacidade em unir o partido e reconhecer que não estão reunidas as condições para que o PS se afirme como uma alternativa de governo para a Madeira. Assuntos que devem merecer profunda reflexão nos próximos dias".

Miguel Silva Gouveia refere que "tudo aponta para que nos tempos que se avizinham, a efervescência política não deixe ninguém indiferente. A fasquia das expectativas está bastante elevada para muita gente e o seu incumprimento será terreno fértil para mais populismos. Por isso respondi à mensagem que recebi pela manhã: "É preciso começar já hoje uma luta sem tréguas contra o fascismo e nacional-populismo, com pessoas competentes, responsáveis e de confiança. Não percamos mais tempo.", respondi.

Escreve Miguel Gouveia que :Miguel Albuquerque, depois de nos últimos seis meses ter anunciado por duas vezes o fim da sua carreira política, ganhou um balão de oxigénio com esta vitória e, usou a sua intervenção da noite como discurso de arranque da sua campanha para as eleições internas, falando aos militantes do PSD. No entanto, será de aconselhar ao actual líder do PSD a mudar o disco discursivo porque, com a AD no Governo da República não bastará fazer o tradicional barulho do 'contencioso das autonomias', sendo tempo de colocar em prática todas as exigências que fez nos últimos oito anos".

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