Cafôfo parece que vai censurar Albuquerque mas (ainda) não diz sim...
- Henrique Correia
- 8 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Agora, em entrevista ao Diário, parece diferente, e diz que neste momento é importante "ninguém ter hesitações". Deixa o "sim" à moção do CHEGA como possível. Mas sem dizer (ainda) esse "sim" de forma clara. A comissão política, este próximo sábado, tem a palavra.

Depois de alguns indicios que encaminhavam a abstenção como o sentidol mais provável do PS-M relativamente à moção de censura ao Governo apresentada pelo CHEGA, o líder socialista concedeu uma entrevista ao Diário onde não diz, mas dá a entender (o título de capa do Diário é uma dedução das declarações) que pode ser favorável à moção, logo abrindo a possibilidade de votar a favor, uma decisão que sairá este próximo sábado na reunião da estrutura mais representativa do partido, a comissão política.
Cafôfo diz que o tempo "não é para hesitações", apesar de não ter gostado das referências do CHEGA ao PS, colocadas no texto da moção, acusando os socialistas de serem cúmplices desta governação.
Se for nesmo esse o sentido de voto do PS, no pressuposto que JPP e CHEGA também votam a favor, o Governo de Miguel Albuquerque cai e poderá então ocorrer uma solução que não passe por novas eleições. De facto, o chumbo à governação pode resultar numa solução de governo com outro líder sem ser Albuquerque, com acordo de viabilidade governativa por entendimento com outros partidos, e só depois, se não houver alternativa, o Representante pode transmitir ao Presidente da República o impasse para que este, a partir de 26 de novembro, possa dissolver a Assembleia e convocar novas eleições para o início de 2025.
Paulo Cafôfo disse ao DIÁRIO não ter receio de tomar decisões quando considera que representam o melhor caminho. Desmonta a crítica do CHEGA ao PS, mas já não faz disso um "cavalo de batalha", como deixou transparecer após a reunião do secretariado. Agora, parece diferente e diz que neste momento é importante "ninguém ter hesitações". Conclui sublinhando que "é hora dos partidos decidirem o que querem e acabar com esta brincadeira entre o PSD e o CHEGA e de ambos os partidos deixarem de enganar ou manipular os madeirenses".
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