Henrique Correia
Calado queixava-se de atrasos da Confiança e agora tem certidões paradas
A acusação é da própria Confiança reforçando que "a simples emissão de certidão, que noutras câmaras da região leva no máximo uma semana a ser despachado, no Funchal leve mais de um mês parado no mesmo sítio".

Uma das críticas mais ferozes feitas por Pedro Calado a Miguel Gouveia era precisamente o elevado tempo de espera nos processos de empresas e cidadãos. Hoje, trocaram de posições e é a equipa de Gouveia a denunciar exatamente atrasos na resposta aos cidadão.
Após a reunião de Câmara, a coligação Confiança abordou, na reunião semanal de executivo, o estado pouco saudável da resposta aos processos de licenciamento e demais procedimentos urbanísticos na Câmara Municipal do Funchal. Depois de rastrear e analisar os processos de vários munícipes, que se encontram em diferentes estágios de tramitação no município, a Confiança diagnosticou que a área do urbanismo está num estado próximo do comatoso, com o encerramento do balcão de atendimento na Loja do Munícipe, com ausência de apoio aos munícipes no processo de desmaterialização, com o desinvestimento de alocação de recursos à modernização administrativa e, invariavelmente, com os tempos de resposta se agravarem para muito longe dos cinco dias prometidos pela actual maioria PSD/CDS.
Num texto da Coligação, a vereadora Sancha Campanella, porta-voz da Confiança, explicou que “é inadmissível que uma simples emissão de certidão, que noutras câmaras da região leva no máximo uma semana a ser despachada, no Funchal leve mais de um mês parada no mesmo sítio a aguardar apreciação”. “Oito meses volvidos desde a tomada de posso do novo executivo, como se explica a promotores, locais e estrangeiros, que uma das áreas mais sensíveis para assegurar o fomento do investimento, não só não tenha melhorado como, pior, esteja neste momento em estado vegetativo?”, questiona a autarca.
No período de antes da ordem do dia o vereador Miguel Gouveia, questionou sobre a sorteio da venda ambulante, que decorreu no dia 27 de Maio e cuja actividade se iniciou no dia 1 de Junho. Este assunto vem na sequência da insatisfação manifestava por vários comerciantes pela supressão de alguns locais de venda e atribuição de novas localizações, como a Estrada Monumental, o que tem motivado a desistência de alguns vendedores.