"Aquilo que nós alertamos, é que a velocidade de implementação destas drogas sintéticas tem sido muito superior à capacidade de apresentar soluções concretas".
No dia em que o ministério da Administração Interna apontou, em reportagem no DN Lisboa, contradições entre os presidentes do Governo e da Câmara do Funchal relativamente à segurança da cidade, Pedro Calado recebeu a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto. "Foi uma reunião longa", embora "produtiva".
Calado admitiu, também, uma reunião tida em dezembro quando reportagens nos jornais regionais davam conta que o autarca aguardava desde agosto de 2022 uma reunião no ministério: "Foram postas «em cima da mesa dados concretos e soluções concretas, que já tínhamos apresentado ao Ministério da Administração Interna, já em Dezembro de 2022», em anterior reunião, explicou o autarca no fim do encontro, adiantado que a autarquia quer "soluções rápidas" e de "curto prazo"
«Naturalmente que estão identificados os problemas, estão identificadas as situações», continuou Pedro Calado, apontando que a autarquia até compreende "alguma dificuldade, que é nacional, de implementação de medidas práticas. Agora, aquilo que pedimos foi um olhar mais atento sobre uma realidade que hoje afecta muito as Regiões Autónomas, que é uma realidade que, felizmente, ainda não chegou ao Continente» e que tem a ver com a introdução "das «drogas sintéticas a uma velocidade muita rápida".
"Aquilo que nós alertamos, é que a velocidade de implementação destas drogas sintéticas tem sido muito superior à capacidade de apresentar soluções concretas"; sintetizou.
Por estas razões, «estamos e somos colaborantes em todas as medidas», mas, explicou, «não prescindimos de nenhuma solução que possa ser apresentada», adiantando que esta foi uma aposição apresentada à SEAI, «sejam soluções de curto, médio ou longo prazo», até por haver «um longo trabalho a fazer», e que a CMF já está a efectuar (sensibilizações no terreno para a problemática do consumo de drogas, implementação do Conselho Municipal de Segurança, entre outras).
"Agora por parte da SEAI houve uma medida concreta que era a formalização dos Contratos Locais de Segurança", estando a autarquia disponível para isso. Aliás, "estamos disponíveis para subscrever todas e quaisquer soluções", todavia, ressalvou, "o que pedimos foi agilizada e rapidez, sobretudo medidas de curto prazo», até porque "a forma como a população tem sido afectada, urge soluções rápidas".
Sobre estas medidas, no imediato, o presidente da CMF, salientou que a autarquia reconhece "todo o trabalho, esforço e profissionalismo» da PSP, "um trabalho "muito positivo" e em articulação com a CMF e Juntas de Freguesia, inclusive com reuniões quinzenais, "não há nada a dizer", mas "há uma lacuna e uma falta de efectivos da PSP no terreno", não de equipamentos, até porque relembrou o Governo Regional tem ajudado a equipar a PSP.
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