"O país quer pessoas nas casas, não investidores que não as habitam. A lei prevê exceções para a compra de casas por imigrantes e residentes permanentes no Canadá que as utilizem como residência principal".
Esta é para refletir. E muito. Salvaguardando que cada caso é um caso, cada país gere de acordo com as suas capacidades de assumir determinadas decisões, cada Região atua de acordo com a sua estratégia de desenvolvimento da Economia. Mas pelo menos para refletir uma nova realidade, é importante.
Uma medida que vem ao encontro do debate que hoje se coloca nos mercados imobiliários mundial, nacional e regional, e dentro destes alguns países por privilégio de escolha estratégica e geográfica, com cidades específicas no topo das apostas do investimento. O Canadá tem uma lei, que entrou em vigor a 1 de Janeiro, que proíbe estrangeiros, não residentes, de comprarem casas como investimento, por dois anos. O país quer pessoas nas casas, não investidores que não as habitam.
A lei foi aprovada devido ao aumento desenfreado dos preços das casas desde o início da pandemia. E muitos políticos acreditam que os compradores estrangeiros são também responsáveis pelas subidas.
No site da campanha do partido do primeiro-ministro Justin Trudeau, podia ler-se: "Isso está a causar um problema real de casas subutilizadas e vazias, especulação desenfreada e preços altíssimos. Casas são para pessoas, não para investidores."
A lei prevê exceções para a compra de casas por imigrantes e residentes permanentes no Canadá que as utilizem como residência principal.
Refira-se que em Portugal "nos últimos 10 anos, os compradores não residentes representaram 11,7% do valor das transações de habitação, como também compraram casas de valores bem mais elevados do que os residentes".
Os estrangeiros estão a comprar casas em Portugal mais caras do que os residentes. O valor médio de transação por compradores não residentes é 95% mais elevado do que o dos compradores residentes.
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