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Carlos Rodrigues "destapa" memórias: também há 12 anos não havia ninguém à altura...

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • 20 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

"Não há arrogância que me intimide ou impeça de dizer o que penso. A Madeira está numa profunda degradação política que só não é aguda porque o dinheiro flui e mascara a verdadeira dimensão do problema".




O ex-deputado do PSD Carlos Rodrigues vem mantendo um tom crítico relativamente à vacuidade da política madeirense, envolvendo dissonância sobre a forma como a falta de ideias, que o dinheiro vem mascarando, no partido e na governação. Um sentido crítico que se estende à oposição pela falta de qualidade enquanto alternativa. Para dentro, o foco para uma liderança que se acha única e insubstituível, ninguém está à altura e, de repente, um partido com quase 50 anos de governação regional está com esta carência de quadros, segundo o líder, ao ponto de se colocar o futuro próximo num patamar de "o caos sem Albuquerque". Para fora uma oposição frágil, sem estratégia nem qualidade para assumir o poder. Assenta, assim, o escrito do ex-parlamentar do PSD-M.

Carlos Rodrigues reaviva memórias, remete-as para há 12 quando a liderança de Jardim foi posta em causa por militantes. Também então, sem alternativas internas, sem quadros, sem divisões. Apesar da divisão que se via melhor de fora. (Então, Jardim venceu com 53% contra 47% de Miguel Albuquerque. A vitória a pouca margem da "queda"), referimos nós este aparte.

O ex-deputado na ALRAM refere: "Esses militantes deveriam ter sido apelidados de abutres, de famintos pelo poder, de necrófagos, de traidores, de narcisistas, de oportunistas, de cuspidores de pratos, de roedores de cordas?

Foram ameacados de expulsão do partido, foram alvo de processos disciplinares, foram vilipendiados na praça pública, viram o seu carácter arrastado pela sarjeta. Eram os Brutus, os Judas, as Mata Haris do partido.

Também nessa altura não havia alternativas a direção de então, não havia ninguém à altura, estavam todos enganados, não existiam razões para divisões internas".

O ex-deputado esclarece: "Nada me move contra as pessoas mas sim contra aquilo que nos propõem, contra a ausência de projectos e ideias mobilizadoras, contra ao deserto de soluções, contra a incapacidade de fornecer esperança, motivação e rasgo.

E não há arrogância que me intimide ou impeça de dizer o que penso. 

A Madeira, volto a repetir, está numa profunda degradação política que só não é aguda porque o dinheiro flui e mascara a verdadeira dimensão do problema.

A Poncha jorra, as festas estão cheias, os restaurantes e hotéis apinhados. A sociedade vive anestesiada. Faz-me lembrar aquelas sociedades que vivem como se não houvesse amanhã, a histeria pre-catástrofe, os ruidosos anos 20 que terminaram na Grande Depressão e na Segunda Guerra Mundial.

A crise é de valores, de falta de vergonha, de falta de honra, de falta de compromisso, de leviandade e sobranceria, de gritante falta de qualidade. Lideranças sem noção, sem sentido de dever, sem estatura.

O debate é feito com boutades altivas, português deficiente e cartazes ridículos. Onde estão as ideias, porque é que foram substituídas

Somos isto ? É isto que queremos ? Rindo e bailando até ao fundo poço?"


 
 
 

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