Carlos Rodrigues: existirão excessos que não poderão continuar a ser satisfeitos
- Henrique Correia
- 17 de jun. de 2024
- 2 min de leitura
Ex-deputado Carlos Rodrigues diz que qualquer solução governativa deve passar pelo PSD, mas gerindo com mais rigor, não para subsidiar hobbies privados, sonhos megalómanos, caprichos individuais e oportunistas sem vergonha".

O ex-deputado do PSD Madeira Carlos Rodrigues esteve e ainda está por dentro da dialética político partidária, parlamentar, governativa, o que lhe confere um conhecimento que expressa nas suas opiniões que, agora do lado de fora, publica no Facebook. Para mais num contexto de grande incerteza para a viabilização do Programa de Governo com os anúncios de votos contra do CHEGA, PS e JPP, o que por si só dá chumbo pela certa. E deixa uma questão que o próprio vem colocando nos seus escritos sobre a "irelevância" do CDS nessa viabilização.
Carlos Rodrigues desdramatiza a situação política e a posição do Governo "chumbado", de gestão e em duodécimos. Não percebe
"porque andam para aí umas personagens vexadas e chocadas com a posição do Chega e do JPP. Estão a confirmar o que disseram durante a campanha. Atacaram o PSD, foram opositores logo a sua posição é, pelo menos coerente".
E lembra: "Coerência que não existe no partido irrelevante e encostado que se julgou importante nalgum momento. Esta crise confirma a sua irrelevância e desnecessidade, não acrescentaram, não garantiram maioria"
Na perspetiva de Carlos Rodrigues "o mundo não vai parar, volto a repetir. Vai andar mais devagar, vai obrigar a maior prudência por parte de empresas e famílias mas a roda continuará a girar. Teremos de gerir tudo com mais parcimónia, não inventar nem agradar a tudo quanto se mexe, aliás governar não pode ser dar tudo a todos sem critério, distribuir o que não se tem, subsidiar hobbies privados, sonhos megalómanos, caprichos individuais e oportunistas sem vergonha".
Mas a dado passo da publicação, o ex-deputado e empresário faz um alerta, sabe o que há e sabe o que diz: "Existirão excessos que não poderão continuar a ser satisfeitos, exigências paroquiais que apenas servem alguns que não terão sucesso. Há que ser mais rigoroso".
Mas da mesma forma que faz críticas à estratégia do seu partido, também discorda
"dar o governo a quem tem apenas um quinto do parlamento ( PS ou JPP ), é um golpe de estado inaceitável. Se a solução não for encontrada com o PSD só há um caminho, eleições, o resto são fantasias esquemáticas e truques de grupelhos afoitos armados em importantes".
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