"Não aceito que um partido que teve 5384 votos queira tomar conta do mais alto cargo da Autonomia, sobrepondo-se a um partido que teve 49103 votos, 9 vezes mais".
O ex-deputado do PSD Carlos Rodrigues, que tem sido crítico sobre este acordo que levou o PSD a ceder a presidência da Assembleia a José Manuel Rodrigues, já reagiu ao que considera um "triste espetáculo" as duas eleições falhadas para a presidência do mais alto cargo da Autonomia. A publicação, no Facebook, carateriza o que se conhece do autor, direto na avaliação, duro nas palavras que neste caso fazem avaliação negativa aos dois lados.
Carlos Rodrigues escreve que "a nobreza do povo madeirense deve ser um valor intocável, defendido por nós todos sem recuos ou flexibilizações. 600 anos de história, de resiliência, de esforço hercúleo para erguer e manter esta terra, lutas significativas, crises debeladas, significam muito e representam a estoicidade de uma gente que não verga".
Diz o ex-deputado que "esse cunho não foi alcançado com cedências oportunistas, com contemporizações espúrias ou interpretações egoístas de alguns que, momentânea e temporariamente foram relevantes na nossa sociedade".
E acrescenta: "Por tudo isso, choca-me o ponto a que chegamos. Este triste espetáculo vai enfraquecer a nossa identidade, vai manchar a nossa nobreza e vai fragilizar as nossas posições futuras. O poder tem de ser merecido e não extorquido, tem de ser ganho e não oferecido, tem de ser conquistado e não entregue.
Se não nos dermos ao respeito, jamais seremos respeitados. Estou envergonhado.
Não aceito que um partido que teve 5384 votos queira tomar conta do mais alto cargo da Autonomia, sobrepondo-se a um partido que teve 49103 votos, 9 vezes mais. Isto não é democracia, isto é extorsão e chantagem".
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