Henrique Correia
Caso de falsas viagens à Madeira com sentença quarta-feira em Coimbra
Um dos jovens do grupo, de 33 anos tem última residência conhecida no Caniço e terá sido ficou responsável por arranjar a documentação necessária.

Passaram seis anos desde que foi detetado um esquema de viagens falsas à Madeira para recebimento indevido do subsídio de mobilidade atribuido a residentes. Firam mais de 66 mil euros e 211 processos de viagens não realizadas. A sentença é lida quarta-feira, 2 de novembro, no Tribunal de Coimbra e no banco dos réus estão quatro homens com idades entre 26 e 35 anos, segundo revela o Diário das Beiras.
"Depois de estudarem como se processava o apoio do Estado nos subsídios sociais de mobilidade para residentes madeirenses começaram a marcar viagens em ambos os sentidos, mas que depois cancelavam, recebendo o valor integral do bilhete. Era a partir daqui que se processava a fraude, porque ficavam na posse do bilhete, que apresentavam depois aos serviços públicos para receber o subsídio de mobilidade", refere o mesmo jornal regional.
O montante envolvido é de 66.254 euros. Os pedidos de apoio ocorreram em lojas dos CTT do Porto, Lisboa e Coimbra.
A agência Lusa, citada pelo jornal, lembra que "um dos jovens do grupo, de 33 anos, com última residência conhecida no Caniço, Madeira, terá sido responsável por arranjar a documentação necessária para a concretização do plano, nomeadamente as cópias de cartões de cidadãos madeirenses e supostas certificações notariais".
"Foi também este arguido que terá adiantado as quantias para as compras dos primeiros bilhetes eletrónicos e encarregou um jovem, a residir em Salvaterra de Magos, de angariar outros dois elementos – uma jovem de 26 anos a morar no Funchal e um homem de 35 anos, a viver atualmente em Loulé".