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Foto do escritorHenrique Correia

CDS não será "muleta" do PSD e a Região precisa de um "sereno sobressalto"



José Manuel Rodrigues: "Está fora de causa uma coligação com o PSD porque há um mês e meio o PSD desrespeitosamente rompeu uma coligação com o CDS".




O líder do CDS Madeira tornou tudo mais claro relativamente ao que pensa do futuro político na Madeira, que pelos vistos, numa leitura sobre a perspetiva do CDS, não passará, pelo menos na fórmula atual, pelo seu ainda parceiro (PSD) de uma coligação governamental que está em gestão, embora tantas vezes não pareça nessa plenitude de um estado governativo resultante da marcação de eleições antecipadas.

José Manuel Rodrigues apresentou, no Hotel Barceló, a lista de candidatos do CDS às Regionais antecipadas, onde CDS e PSD concorrem sozinhos, e foi nesse momento que disse, de forma explícita, que "está fora de causa uma coligação com o PSD porque há um mês e meio o PSD desrespeitosamente rompeu uma coligação com o CDS". E disse mais: "“Se nós não éramos bons para há um mês e meio estar junto com o PSD, também não nos peçam, após as eleições, para sermos muleta de uma maioria relativa do partido social democrata.”

Mesmo tendo em conta que em política a verdade de hoje pode ser a mentira de amanhã, José Manuel Rodrigues mostrou-se decidido neste contexto sem se coibir de criticar e apontar responsabilidades pelo fim da coligação regional: "Responsabilidade e Renovação são as palavras chave da campanha eleitoral do CDS-PP Madeira. “Responsabilidade porque o CDS nada tem a ver com a crise política que levou à convocação destas eleições. E Renovação porque o CDS soube responder à crise política e ao desafio eleitoral elegendo outra liderança, dando espaço a novos protagonistas, tendo novas ideias e dando uma nova imagem sua à opinião pública”, explicou. Ou seja, se o CDS não é responsável pela crise política, então é o PSD.

José Manuel Rodrigues disse ser preciso "um sereno sobressalto na política madeirense. E nada ficará como dantes na política regional depois das eleições de 26 de maio”.

O líder centrista afirmou ter tirado "as devidas ilações do fim de um ciclo político e de um novo ciclo que vai nascer depois das eleições. “E é por isso que o CDS renovou a sua liderança, mudou de geração e atualizou o seu programa”, sublinhou.

“O nosso caminho nunca foi uma avenida”, disse o líder dos centristas. “Sempre foi um caminho estreito, às vezes um beco, mas nunca um beco sem saída”, reforçou.

Rodrigues recorda que “o CDS, mesmo nos momentos difíceis, soube sempre sair dessas circunstâncias e vencer, quer fosse na oposição, quer enquanto esteve no governo”.

O presidente regional dos centristas garante que, após as eleições, o CDS será um fator de estabilidade e de governabilidade. Os seus deputados contribuirão para uma solução governativa que normalize o funcionamento da administração pública, garanta o investimento e as obras públicas e assegure a rápida aprovação de um orçamento regional para este ano que vai ficar a meio.


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