"Também a idade da reforma deve ser antecipada em 2 anos para quem desconta na Região"
O CDS "despe o fato" do Governo e "veste" o de oposição. É um papel que desempenha num enquadramento em que ainda é parceiro governamental do PSD mas já está desligado do compromisso para as próximas eleições de 26 de maio. Resultado: muito do que diz de crítica ao Governo encaixa-lhe numa percentagem. Mas entende-se que não havia outra forma se puxar pelo seu eleitorado.
Hoje, o líder recentemente eleito afirmou que "a realidade económica da Região Autónoma da Madeira é boa. Mas... “Estamos a atingir níveis de crescimento económico assinaláveis, só que não há correspondência na realidade social. Ou seja, temos crescido muito economicamente, mas há pouco desenvolvimento social”.
José Manuel Rodrigues refere que "temos 73 mil pobres na Madeira, sendo que 13 mil são reformados com baixas pensões e, destes 73 mil pobres, 19 mil são trabalhadores que trabalham o mês inteiro e aquilo que recebem de ordenado não dá para pagar as suas despesas básicas mensais.
O CDS-PP propõe que na próxima legislatura haja um acordo na concertação social para subir os salários médios na Madeira para a média nacional. Assim, “propomos atuar no sentido de haver um salário base para os jovens licenciados que entrem no mercado de trabalho; propomos atuar, não só na subida dos salários, mas também no desagravamento fiscal. E, neste sentido, queremos reduzir o IVA de forma gradual, 7,5% ao ano, em cada um dos anos da legislatura (4 anos), para dar os 30% estipulados na Lei de Finanças das Regiões Autónomas, bem como reduzir o IRS até ao oitavo escalão em cerca de 30%".
O cabeça-de-lista do CDS-PP às Legislativas Regionais aproveitou a oportunidade para falar noutra questão importante para o partido. Rodrigues destacou que é crucial que se faça corresponder a idade da reforma na Madeira à esperança média de vida. “A esperança média de vida na Madeira é inferior em dois anos à esperança média do país. Assim sendo, também a idade da reforma deve ser antecipada em 2 anos para quem desconta na Região. Esta é uma proposta que o CDS-PP propõe levar adiante, se tiver influência nas políticas públicas da Região Autónoma da Madeira”, concluiu.
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