Henrique Correia
CDS vai para congresso com o "selo de garantia" da governação
Barreto quer tirar dividendos da governação sem "desmembrar" o identidade do partido.

Já não é novidade para ninguém a afirmação de Rui Barreto, que se prepara para mais um mandato na liderança do CDS Madeira, no sentido de afirmar o partido como sendo de governação, estatuto conferido por via do acordo de coligação regional estendido a diversas autarquias da Região, entre elas a mais importante, a do Funchal.
Neste próximo fim de semana, 25 e 26 de junho, os centristas vão a congresso, no Savoy Palace, com o secretário-geral nacional Pedro Soares a abrir e o líder nacional Nuno Melo a fechar.
Barreto muda de secretário-geral, sai Teófilo Cunha, que no governo de coligação é o secretário regional de Mar e Pescas, entra Amílcar Figueira, uma figura cordata dentro do partido, um operacional capaz de dar ao CDS, dizem, o equilíbrio que faltava à máquina partidária em função do perigo de "governamentalizar" demasiado o partido. O CDS quer tirar dividendos do facto de ser governo, mas ao mesmo temo quer fazer o seu percurso com identidade própria. Garantem-nos que Amilcar, homem forte do CDS em Câmara de Lobos, assegura essa identidade e ligação.