Pedro Ramos fala aos jornalistas às cinco da tarde desta segunda-feira. Entidades com competência sobre esta matéria continuam a investigar o ato criminoso do qual o SESARAM foi vítima.
O ciberataque não foi coisa leve. Foi grave e essa gravidade tem sido, diariamente, comprovada com as sucessivas comunicações da secretaria regional da Saúde e do SESARAM. Há dados perdidos cuja recuperação ninguém consegue garantir e todos os dias há relatos de utentes que se dirigem aos servidores de saúde e deparam-se com problemas, não sendo por acaso que o SESARAM continua a aconselhar:
"O Conselho de Administração do SESARAM reforça o apelo que tem sido feito nos últimos dias em consequência do ataque informático do qual foi alvo:
Aos utentes solicita-se que sempre que se dirijam a qualquer unidade do Serviço Regional de Saúde, se façam acompanhar de quaisquer documentos que tenham na sua posse, sejam relatórios de exames, análises clinicas, medicação ou notas de alta.
Repete-se também o apelo de que no caso do utente ser utilizador da aplicação móvel do Serviço Nacional de Saúde seja disponibilizado ao médico o registo móvel facilitando desta forma a prescrição habitual de medicação".
Hoje, o Serviço de Saúde da Região emitiu uma informação relacionada com o ciberataque que praticamente paralisou os serviços e lançou a dúvida nos utentes sobre a preservação dos dados clínicos. O Sesaram informou, este domingo, que "está implementada pelo Núcleo de Informática e Tecnologias do SESARAM, uma estrutura tecnológica de contingência que permite acesso gradual aos serviços".
Este sistema, acrescenta a nota, "em ambiente controlado e seguro, será gradual e progressivo ao longo do tempo".
O SESARAM reafirma que "a atividade assistencial do SESARAM está a funcionar, alertando ainda assim, para alguns constrangimentos que naturalmente podem existir, devido à situação excepcional que se atravessa neste momento".
O Conselho de Administração, perante o ataque informático de que o SESARAM foi vítima, considera que "os utentes e profissionais têm demonstrado um grau de compreensão elevado perante a atual situação, pelo que agradece a todos quantos neste momento estão cientes da necessidade de adaptação a esta situação".
O Serviço Regional de Saúde da Região Autónoma da Madeira recorda, na mesma informação, que as entidades com competência sobre esta matéria continuam a investigar o ato criminoso do qual o SESARAM foi vítima.
"Informamos que amanhã, às 17:00H, será realizada uma conferência de imprensa na sala de conferências do Hospital Dr. Nélio Mendonça, com a presença do Secretário Regional da Saúde e da Proteção Civil, das direções técnicas, do ACES e do Conselho de Administração".
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