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  • Foto do escritorHenrique Correia

CNE processa Filipe Sousa: "Há dez anos que este organismo me persegue"



Autarca sugere um guia para a CNE na Madeira: visita guiada a inaugurações pré-eleitorais e anúncios e notícias diárias de propaganda soviética; um estudo profundo das notícias que se escrevem e dos seus protagonistas.




O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz está agastado com a Comissão Nacional de Eleições, estrutura que estará esta semana na Madeira no âmbito das eleições regionais de 24 de setembro. O autarca revela que tem um processo movido pela CNE e pelo Ministério Público na sequência de declarações de resposta à secretária regional do Ambiente, estranhando essa postura da CNE quando ele próprio não é candidato e não vai a eleições.

Num ponto de ordem extraordinário, uma vez que esse espaço é de publicação regular ao domingo, Filipe Sousa escreve que tem feito uma "há dez anos que este organismo me persegue, quer seja candidato ou não. Seja em que eleições forem, lá anda o Filipe Sousa a ter de justificar o seu trabalho de autarca em período de campanha ou mesmo fora dela.

Em todos os atos eleitorais, a CNE parece querer suspender a minha legitimidade democrática como presidente de Câmara e me impedir de defender a população que represento e o órgão que presido de mentiras, calúnias e outras manobras. Ou seja, tenho de estar calado quando toda a gente pode falar e dizer o que bem lhe apetece".

Filipe Sousa explica: "Atacado pela senhora secretária do Ambiente, que proferiu mentiras relativamente ao nosso investimento no combate às perdas de água, lá defendi não a mim mesmo, mas ao trabalho sério de muita gente que, pela primeira vez, está a ser realizado em Santa Cruz, quando esteve durante anos esquecido. Logo saltou a CNE, secundada pelo Ministério Público, e já vem processo judicial a caminho. E, pasme-se, não sou candidato a nada, não vou a eleições. Mas, pasme-se ainda mais, à senhora que esteve na origem das minhas declarações, ela sim membro de um Governo que vai a eleições, nada acontece. Ela sim pode usar o seu cargo governamental para denegrir e criticar um outro órgão eleito. Aí, a CNE já considera tudo certo, apesar de em causa estarem eleições regionais e não eleições autárquicas".

Segundo Filipe Sousa "a CNE parece ter dois pesos e duas medidas para medir a legitimidade democrática e parece ter uma atenção centrada em autarcas que nem vão a eleições e uma total cegueira relativamente a governantes que vão estar, muito brevemente, sujeitos ao julgamento da população nesse ato nobre que é o voto".

o autarca aproveita "para sugerir um guia alternativo para a visita da CNE que hoje se inicia:

Reunião com todos os autarcas, especialmente os que estão fora do eixo PSD/CDS, para saber o que pensam e para ver o trabalho hercúleo que fazem numa terra de uma democracia cheia de vícios.

Uma visita guiada a inaugurações pré-eleitorais e anúncios e notícias diárias de propaganda soviética.

Um estudo profundo das notícias que se escrevem e dos seus protagonistas e assuntos nos períodos pré e campanha eleitoral por parte do eixo do poder.

E posso ainda agilizar uma visita guiada a Santa Cruz para perceberem, de uma vez por todas, qual o verdadeiro trabalho de um presidente de Câmara, as dificuldades que tem de enfrentar e as lutas que tem de travar enquanto órgão eleito mais próximo da população".

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