Coligação começa a "desvalorizar" o presidente da Assembleia
- Henrique Correia
- 31 de jul. de 2023
- 2 min de leitura
Com este 15º lugar a José Manuel Rodrigues, Miguel Albuquerque esbate as críticas internas, garante a eleição do atual líder do Parlamento, está em lugar elegível, e trata depois, já com resultados nas mãos, da candidatura à presidência do Assembleia.

O PSD ratificou e anunciou a lista da Coligação com o CDS.
Em condições normais, o 15º lugar do segundo candidato do CDS poderia ser considerado normal atendendo à diferença de dimensão dos parceiros de coligação e ao facto do líder centrista ser segundo da lista para logo aí dar uma mensagem de unidade neste acordo governamental. O segundo lugar ao CDS era, por si só, relevante independentemente dos restantes candidatos centristas.
Mas já se tivermos em conta o facto de estarmos perante o presidente da Assembleia Regional, o principal órgão da Autonomia, pode ser um pouco desprestigiante a décima quinta posição quando todos aguardavam que figurasse, pelo menos, nos dez primeiros, o que desde logo representa uma cedência de Miguel Albuquerque às tendências internas do PSD, que consideram excessivo o protagonismo a José Manuel Rodrigues, que no Parlamento e com orçamento próprio tem feito, dizem, uma espécie de "governo" no Parlamento.
Com este 15º lugar a José Manuel Rodrigues, Miguel Albuquerque esbate as críticas internas, garante a eleição do atual líder do Parlamento, está em lugar elegível, e trata depois, com oscresultados nas mãos, da candidatura à presidência do Assembleia, não sendo de pôrde parte na análise, em pormenor, a colocação de José Luís Nunes como terceiro da lista. Pode parecer Albuquerque a preparar terreno para essa dificil fase pós eleitoral da escolha do candidato a presidente da ALRAM, o que contraria posições recentes que davam Rodrigues com o apoio do líder do PSD-M.
Várias "fontes" avançam que esta lista retira força e prestígio a José Manuel Rodrigues. E deixa a ideia de não fazer muito sentido que um 15º lugar venha a ser escolhido para presidir ao Parlamento Regional se a coligação vencer as próximas eleições. Mas tudo pode acontecer de acordo com os resultados e tudo será mais fácil se de confirmarem os resultados das sondagens que dão larga maioria absoluta à coligação elegendo 30 a 31 deputados. Se isso acontecer, o CDS até pode eleger 4.
Seguem-se dias de expetativa e debate sobre uma lista que, no geral, é de continuidade. Mas com pequenas alterações que podem fazer correr "muita tinta".
O PSD explica que "dentro dos primeiros 30 efetivos indicados pelo PSD/Madeira, existem 10 novos candidatos, sendo ainda de 9sublinhar que, destes, 10 são mulheres. Também é de salientar que, nestes 30 efetivos indicados pelo PSD, estão representadas todas as estruturas do Partido, designadamente a JSD, os TSD, o Núcleo de Emigrantes e os Autarcas, sendo de relevar, também, que, no respeitante aos suplentes, houve a preocupação de envolver os Autarcas Social-democratas, designadamente os Presidentes de Junta de toda a Região".
Comments