Henrique Correia
"Confiança" explica "voto contra "fraude política nas contas"
"Voto contra mereceu também o pedido de empréstimo, que aumenta o endividamento municipal em quase 8 milhões de euros, para pagar a obra da ETAR".

A Confiança, como se sabe, votou contra a prestação de contas do Funchal, de 2021, posição que surpreendeu Pedro Calado, que estranhou o silêncio de Miguel Gouveia.
E foi numa nota do seu gabinete de comunicação que Gouveia explicou p sentido de voto: "Estamos na presença uma fraude política onde as opções do actual presidente, ao promover uma mudança nos critérios contabilísticos e permitir que o Governo Regional rasgue os compromissos com o Funchal, mostram não hesitar em prejudicar todos os funchalenses com aumentos colossais nas facturas da água”, refere o vereador Miguel Silva Gouveia, acusando o actual executivo de estar submisso às imposições do Governo Regional".
A Coligação acrescenta que "por detrás da encenação propagandística deste executivo municipal, o relatório das contas de 2021 mostra que, num ano fortemente condicionado pelas consequências económicas da pandemia, há a destacar não só o aumento do investimento e o apoio prestado a famílias, associações e empresas, mas também a redução da dívida em 700 mil euros, o cumprimento do equilíbrio orçamental em 1,6 M€, a inexistência de quaisquer pagamentos em atraso a fornecedores e uma capacidade de endividamento superior a 80 milhões de euros, que atesta a boa gestão da Confiança".
Voto contra mereceu também o pedido de empréstimo, que aumenta o endividamento municipal em quase 8 milhões de euros, para pagar a obra da ETAR com tratamento primário, que o Governo Regional se comprometeu a custear, desde que ficasse localizada no Lazareto. Recorde-se que o Governo Regional se recusou a ceder os terrenos para implantar a obra, obrigando a CMF a um longo processo de expropriação, e apenas aceitou fazer um contrato programa de 3 milhões de euros para este projecto já depois das últimas eleições autárquicas.