Madeira perde representação na I Liga.
O Marítimo vai para a II divisão 38 anos depois. A Madeira fica com futebol de segunda. O Estrela da Amadora sobe à I Liga.
Vitória do Amadora no primeiro jogo por 2-1. Vitória do Marítimo no segundo jogo por 2-1. Foi a prolongamento e o total de 3-3 manteve-se e por isso houve grandes penalidades para sofrimento da massa adepta madeirense que encheu o Estádio e apoiou a equipa. Na lotaria dos penaltys, o Amadora foi mais feliz e sobretudo mais competente.
E agora, Marítimo? E agora, Madeira? E agora, política desportiva de apoio ao futebol profissional? A Região fez um retrocesso e ficou sem representação na I Liga com a descida do Marítimo à segunda liga.
Esta descida é dolorosa para quem nunca desistiu de apoiar a equipa enchendo o Estádio e deixando sempre uma manifestação que empurrou a equipa para a frente mesmo quando a equipa insistiu em andar para trás.
A nova liderança de Rui Fontes sai beliscada para o futuro e sem dúvida que saberá retirar ilações deste descalabro que foi a época desportiva. Pior era impossível depois de ganhar eleições visando a mudança de décadas de Carlos Pereira. Mudar para pior não estava no horizonte dos madeirenses, mas a verdade é que o Marítimo não jogou o suficiente e mesmo neste jogo decisivo, em casa, o Marítimo não foi dominador apesar de um final animador. Nas penalidades, foi a atitude da época: fraca. Não aconteceu o que se esperava e sendo assim, era impossível manter-se na I Liga porque só a vitória final mantinha acesa a esperança de permanência.
Agora, depois do mal feito, é preciso parar para refletir, primeiro no clube para ver o que é preciso mudar, depois na Região para avaliar até que ponto os apoios deram o retorno.
Para a história, fica uma descida que inevitavelmente vai deixar marcas. As Regiões Autónomas ficam sem futebol de primeira.
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