Estão sob investigação 25 contratos públicos adjudicados por diversas entidades públicas
regionais a empresas controladas por Humberto Drumond num valor total superior a 1 milhão de euros.
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Helder Santos ASPRESS
Já ninguém conseguirá apagar este momento na vida de um qualquer detido quando chega ao tribunal para primeiro interrogatório. Seja suspeito anónimo ou figura pública, chega algemado, neste último caso com reforço do normal aparato policial, com a comunicação social em peso e com assistência de populares, maior ou menor conforme o que está em presença em termos de processo.
Os oito detidos da operação denominada de "AB INITIO" chegaram ao tribunal depois de terem estado no estabelecimento prisional do Funchal, onde deverão manter-se durante mais algum tempo até saberem as respetivas medidas de coação. Humberto Vasconcelos, Carlos Teles, Paulo Santos, Daniela Rodrigues, Cecília Aguiar, Bruno Freitas (IASAUDE) e os empresários Humberto Drumond e Miguel Nóbrega, da empresa Dupla DP são suspeitos no âmbito da contratação pública.
Estão sob investigação 25 contratos públicos adjudicados por diversas entidades públicas
regionais a empresas controladas por Humberto Drumond num valor total superior a 1 milhão de euros entre 2014 e 2024. O custo de alguns desses contratos terão sido
empolados “de forma a saldar dívidas de um partido político resultantes de campanha
eleitoral”, refere a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.Oo partido, o PSD, também está visado no processo e o secretário-geral José Prada foi constituído arguido.
O alegado esquema sob investigação do DIAP Regional de Lisboa e da PJ terá começado com um pequeno conglomerado de 11 sociedades alegadamente controladas por Humberto Drumond e Miguel Nóbrega. Muitas dessas empresas serviam apenas para se apresentarem em procedimentos de contratação pública relacionados com comunicação, marketing e publicidade nos quais era obrigatório ouvir mais do que uma empresa", revelou ontem o Observador.
Hoje, em declarações ao Diário, os advogados de Carlos Teles e Humberto Vasconcelos, respetivamente João Nabais e Nuno Borges, disseram que os seus constituintes estão tranquilos, numa fase em que não conhecem, ainda, em que base se fundamenta a investigação do Ministério Público.
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