Antigo presidente do Governo fez uma exposição sobre o futuro da Madeira e pela primeira vez houve consenso entre PSD, PS e várias figuras da vida madeirense.

Alberto João Jardim, antigo presidente do Governo Regional da Madeira, anunciou hoje ter enviado a António Costa, o primeiro-ministro demissionário, um documento que contém proposta sobre os desafios da Autonomia e da Madeira. Fê-lo na qualidade de presidente do Instituto da Autonomia e Desenvolvimento da Madeira.
No seu habitual comentário quinzenal na RTP Madeira, Jardim diz que esse documento tem os contributos, entre outros, do líder do PS Madeira Sérgio Gonçalves e do candidato à liderança socialista Paulo Cafôfo, sendo que vale a pena recordar o relacionamento cordial que Jardim sempre manteve com Paulo Cafôfo, vem do tempo em que este era presidente da Câmara do Funchal.
Jardim diz ter informado Albuquerque do andamento dos trabalhos deste "grupo" e a proposta será enviada para a Assembleia Legislativa da Madeira.
A exposição enviada a António Costa visou o futuro da Região numa articulação de posições envolvendo figuras conhecidas da vida madeirense, o Partido Socialista na Região e o Instituto da Autonomia e Desenvolvimento da Madeira. Uma convergência que acontece, nestes moldes, pela primeira vez no contexto regional. Com Albuquerque sempre a par do que se passava.
Jardim esclarece que o gabinete de António Costa deu conta de que o primeiro-ministro iria dar seguimento ao assunto, mas a precipitação para eleições antecipadas adiou tudo. Como tal, agora, a intenção é divulgar o documento publicamente. "Os madeirenses precisam saber e depois conhecer a posição dos partidos e quais os que querem mais Autonomia".
Neste comentário na RTP-M, Jardim diz que a política madeirense não está voltada para o longo prazo e o longo prazo é que é decisivo, o futuro da divida, a Zona Franca, a Revisão Constitucional com mais poderes autonómicos. A política da Madeira está a ficar muito comezinha, do subsidiozinho, e isso leva a que a discussão do programa de governo acabe por ser parecida à discussão do Orçamento.
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