Eleições no PS-M a 31 de janeiro; João Pedro Vieira diz: "É democracia” - mas pouco"
- Henrique Correia
- 12 de jan.
- 2 min de leitura
Congresso Regional para 22 e 23 de fevereiro, com Paulo Cafôfo a voltar a candidatar-se à liderança.

A Comissão Regional do PS-Madeira, reunida hoje, marcou as eleições internas do partido para o próximo dia 31 deste mês e o Congresso Regional para 22 e 23 de fevereiro, com Paulo Cafôfo a voltar a candidatar-se à liderança.
A votação para a marcação das datas contou com 71 votos a favor, quatro contra e a seis abstenções, sendo que as candidaturas terão de ser entregues até ao próximo dia 21 de janeiro.
O antigo secretário-geral socialista João Pedro Vieira veio a público fazer algumas observações:
As eleições internas relâmpago no PS Madeira:
1. Foram anunciadas a menos de 20 dias da data;
2. Com os candidatos a terem 9 dias para preparar candidaturas;
3. Limitadas a militantes com quotas pagas, ao contrário do que Paulo Cafôfo defendia em 2019, como independente candidato a líder do PS;
4. Confirmadas por uma Comissão Regional convocada fora dos prazos estatutários e fechada a eleitos por Paulo Cafôfo;
5. Que não permitiu a participação de outros militantes, a quem costuma exigir debate interno, e a quem, ainda assim, não se coibiu de caluniar e tentar ofender com mentiras, deturpações e falsas acusações, dentro e fora da sala.
É “democracia” - mas pouco.
Na ocasião, o presidente do PS-M explicou que estes prazos são definidos tendo em conta o contexto político e a marcação de eleições regionais pelo Presidente da República. Sendo a data mais próxima para as ‘Regionais’ o dia 16 de março, a entrega das listas de candidatos terá de ser feita no Tribunal 40 dias antes, ou seja, a 3 de fevereiro. Como tal, explicou que “as eleições internas têm de se realizar a 31 de janeiro, para o presidente do partido ser ele próprio cabeça de lista e ter a possibilidade de elaborar as listas de candidatos à Assembleia Regional”.
Com a realização das eleições internas, Paulo Cafôfo considera que estão criadas as condições para que o futuro presidente do Partido possa ser ganhador numas eleições decisivas para a Região, onde é preciso estabilidade e compromisso.
“Ao contrário de Miguel Albuquerque, que tem medo de realizar eleições internas – aliás tem recusado sistematicamente fazê-lo – eu não tenho medo de me submeter, com humildade, à votação e à decisão dos militantes do meu partido. Miguel Albuquerque não quer submeter-se a eleições internas porque tem medo, porque está agarrado ao lugar de presidente do Governo, porque sabemos bem que a única motivação que tem é continuar como presidente do Governo para não responder à justiça e beneficiar da imunidade que tem enquanto conselheiro de Estado”, afirmou o líder dos socialistas.
Comments