Equipa do Funchal com "mão" de Calado
- Henrique Correia

- 25 de jun.
- 2 min de leitura
Albuquerque recusou continuidade de Bruno Pereira e João Rodrigues foi "traído" por um ano de mandato muito instável, dizem "fontes" autárquicas.

A equipa da coligação PSD/CDS à Câmara do Funchal parece estar concluída com o acerto feito na dita comunicação social de "referência", sendo que neste particular essa mesma "referência" favoreceu mais para o lado do JM, em contexto de notícia do Diário onde alguns pormenores revelaram "fonte" não totalmente dentro do processo ou "emenda de mão" à última hora.
De facto, este processo de divulgação atribulada não caiu bem em alguns sectores do PSD-M, entre eles figuras do partido que garantem a existência de uma estratégia do líder Miguel Albuquerque com o antigo presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, que tem "mão autárquica" na formação das equipas, com maior incidência no Funchal através da escolha de vários nomes que lhe são próximos.
Calado saiu da liderança da Câmara em virtude de ter sido constituído arguido em processo judicial de suposto favorecimento em negócios públicos, ficou inclusive 21 dias detido para primeiro interrogatório, juntamente com os empresários Avelino Farinha e Custódio Correia, numa ação judicial vastamente criticada pelo excessivo período de detenção, terminando com a libertação e com medidas mínimas de coação. Na sequência, Calado decidiu afastar-se e Cristina Pedra assumiu o cargo.
Mas na verdade, dizem fontes do PSD-M, Pedro Calado saiu da política mas a política não saiu de Pedro Calado. E a possibilidade do processo resultar inconsequente garante alguma esperança de regresso futuro à política ativa. É neste enquadramento que, até lá, terá desenvolvido uma espécie de ação de bastidores para colaborar nas escolhas e nas políticas, em função da experiência em funções autárquicas, ao contrário do que acontece com a equipa da coligação que vai a sufrágio nas próximas eleições.
Sabendo-se que o médico José Luís Nunes tem um perfil que não se enquadra com o cargo executivo de presidente da Câmara, assumem as mesmas "fontes" que tanto António Ferreira como Patrícia Dantas, números 2 e 3, possam na prática desempenhar essa ação direta, entrando aqui uma plataforma de boas relações com o antigo presidente para a prossecução de políticas, muitas delas já defendidas na anterior candidatura de Calado.
Relativamente às saídas, um tanto surpreendentes, de Bruno Pereira e João Rodrigues, garanten-nos que o primeiro foi opção descartada logo por Miguel Albuquerque, que dizem até estar renitente sobre o futuro lugar do vereador.
Quanto a João Rodrigues, dizem-nos em meios autárquicos, registou um final de mandato desastroso, incumprimentos de agenda com munícipes, projetos chumbados depois de acertados ajustamentos e criação de muitos anticorpos que tornaram difícil a sua continuidade, o que de certo modo foi estranho atendendo a um passado de boas referências.





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